A despeito da crise que o Brasil
tem enfrentado, a indústria de seguros segue demonstrando sua
força. Estudo que acaba de ser concluído pelo Sincor-SP (Sindicato
dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo) mostra que o
faturamento das seguradoras, em 2015, alcançou o montante de R$
126,6 bilhões (excluindo VGBL e PGBL, mas considerando o seguro
saúde). Esse resultado representa uma variação positiva de quase 7%
em relação a 2014. Se incluído o seguro obrigatório DPVAT, o
valor sobe para R$ 135,3 bilhões.
“Se é correto dizer que esse
aumento ficou levemente abaixo da taxa inflacionária no período, é
igualmente justo reconhecer o resultado positivo da atuação
conjunta de seguradores e corretores de seguros, que, mesmo diante
de um cenário adverso não esmoreceu, demonstrando claramente sua
pujança e capacidade de superar dificuldades”, afirma Alexandre
Camillo, presidente do Sincor-SP.
A liderança do setor ficou mais uma
vez com o grupo Bradesco, que em relação ao ano anterior subiu
pouco mais de 1%, passando de 22% para 23,1%. Na sequência aparecem
o Banco do Brasil-Mapfre e a SulAmérica, com participações de 12,7%
e 12,0%, respectivamente.
Em 2015, no ramo Automóvel, o
faturamento total (sem o DPVAT) atingiu R$ 33,3 bilhões, com
variação de 3% em relação ao ano anterior. A liderança coube ao
grupo Porto Seguro, com aproximadamente 27% de participação do
segmento. O Banco do Brasil-Mapfre, com 14,9%, e o grupo Bradesco,
com 11,8%, ocupam o segundo e terceiro posto, respectivamente.
O ramo Pessoas teve faturamento de
R$ 33,2 bilhões, com variação positiva de 6% em relação ao ano
anterior. A liderança ficou com o grupo Bradesco (20,4%), seguido
pelos grupos Banco do Brasil-Mapfre (16,9%) e Itaú (12,2%).
No segmento Patrimonial, a receita
total de 2015 foi de R$ 12,6 bilhões, praticamente estável em
relação ao ano anterior. Aqui a novidade em relação a 2014 foi a
ascensão da Zurich, que saltou do terceiro posto para a liderança
do segmento ao registrar participação de 15,17%.
Duas companhias concentram os
ganhos no segmento de Saúde: a Bradesco Seguros (com 51,6% do
mercado e faturamento de R$ 16,7 bilhões) e a SulAmérica (com 33,5%
de participação e faturamento de R$ 10,8 bilhões). A receita total
nessa área em 2015 foi de R$ 32,4 bilhões — 13% a mais que em
2014.