O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta
terça-feira (5), com a Associação Brasileira de Indústrias de
Alimentação (Abia), o quarto pacto para a redução de sódio nos
alimentos industrializados. O compromisso é reduzir o ingrediente
em laticínios, embutidos e refeições prontas em até 68% ao longo
dos próximos quatro anos.
Trata-se de uma forma de o governo diminuir o alto índice de
consumo de sal no país, um dos fatores de risco para doenças
crônicas como hipertensão e doenças cardíacas. A previsão é que
novos alimentos sejam acrescentados aos três acordos firmados
anteriormente.
O novo termo eleva para 16 o número de categorias de alimentos
atingidas, que somadas representam 90% dos alimentos
industrializados. Em 2011, o Ministério da Saúde assinou o primeiro
acordo com a Abia para reduzir o teor de sódio em 16 categorias de
alimentos processados, como massas instantâneas, pães e bisnagas,
nos próximos quatro anos. Em 2012, o termo de compromisso incluiu a
redução de sódio em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas
vegetais.
Com a inclusão dos três novos grupos, a meta global do acordo passa
a ser retirar 28 mil toneladas de sódio dos alimentos até 2020.
Desde 2011, a estimativa é que 11,3 mil toneladas tenham sido
retiradas dos produtos como bisnaguinhas, massas instantâneas,
bolos prontos, biscoitos e caldos.
Segundo a pasta, a recomendação de consumo máximo diário de sal
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é menos de 5 gramas por
pessoa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) mostram que o consumo do brasileiro está em 12 gramas
diários. Pesquisa feita com mais de 54 mil brasileiros em 2011
mostrou que a hipertensão arterial atingia 22,7% da população
adulta.
O ministro também vai apresentar hoje dados inéditos da pesquisa
Vigitel 2012 – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – sobre a hipertensão
arterial no país.