Para cada dólar investido
no tratamento da depressão ou da ansiedade, existe um retorno de
US$ 4, já que a saúde dos pacientes melhora e eles se sentem mais
capacitados para trabalhar.
Mas deixar de investir na saúde
mental tem o seu custo, alerta a Organização Mundial da Saúde, OMS.
A agência apresentou nesta quarta-feira o Atlas da Saúde Mental,
informando que a falta de acesso ao tratamento de depressão e
ansiedade resultam numa perda econômica global de US$ 1 trilhão por
ano.
Urgência
Outro alerta feito pela OMS é
sobre a falta de profissionais especializados em saúde mental. Em
países de renda baixa, a taxa de trabalhadores do setor chega a ser
de apenas dois entre 100 mil pessoas.
Segundo a agência, um entre 10
habitantes do planeta precisa de cuidados de saúde mental em algum
momento. O diretor do Departamento de Saúde Mental da OMS, Shekhar
Saxena, declarou que não investir no setor com urgência “terá
custos econômicos, sociais e de saúde numa escala nunca
vista”.
No twitter, OMS diz que a "a
cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio" no
mundo.
Suicídio
Enquanto países de renda baixa
investem apenas US$ 1 per capita no tratamento de distúrbios
mentais, as nações ricas gastam mais de US$ 80. Mais de dois terços
de países avaliados no atlas não cobrem os custos de tratamento nos
planos de saúde nem oferecem reembolso.
A OMS defende que “nenhuma
pessoa deveria ficar sem tratamento de saúde mental devido aos
custos” e lembra que por isso a cobertura universal de saúde é tão
importante.
A agência também calcula que
cerca de 800 mil pessoas cometam suicídio por ano. Mas somente um
terço dos países de rendas média e alta têm estratégias de
prevenção e no caso dos países de renda baixa, o índice é ainda
menor, de apenas 10%.