Ele é vendido nas lojas e envolve bens
duráveis como geladeiras, fogões e TVs, entre ouros
A falta de treinamento dos vendedores
tem gerado confusão na hora em que o consumidor adquire um seguro
estendido. A constatação é do presidente da Associação Brasileira
dos Procons (ProconsBrasil), Paulo Miguel. “A seguradora não
prepara o pessoal ‘da ponta’ para dar os detalhes da cobertura que
a pessoa está comprando”, diz ele. O seguro estendido é vendido nas
lojas e envolve bens duráveis como geladeiras, fogões e TVs, entre
ouros.
Segundo o presidente da Confederação
Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e
Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Márcio Coriolano,
os treinamentos estão sendo priorizados pelas seguradoras. “Temos
investido em treinamento e na ampliação da informação sobre o
seguro estendido, temos uma rádio na internet e divulgamos vídeos
no Youtube para diminuir as dúvidas”, diz Coriolano. O material
está disponível no site http://cnseg.org.br.
Miguel destaca as dúvidas envolvendo o
público mais velho. “Eles (idosos) acreditam que estão comprando o
seguro do produto. Mas, na verdade, é uma extensão da garantia.
Nesse caso, será feito o conserto do bem, mas a expectativa do
cliente é que ele seja substituído por um novo”, afirma.
Para a advogada da Associação
Proteste, Sonia Amaro, a falta de informação clara fere o Código de
Defesa do Consumidor. “O consumidor tem que ser bem informado sobre
a cobertura, sobre o prazo, sobre a quem recorrer na hora de usar o
seguro”, afirma Sonia.
Segundo Coriolano, as seguradoras
também estão investindo em informar melhor os consumidores sobre o
seguro do smartphone. “Tem gente que acha que, se tem seguro, basta
informar à seguradora que o celular foi roubado. Não é assim. Tem
que fazer boletim de ocorrência, como no caso de roubo de
automóvel”, diz. A CNseg realiza em Belo Horizonte o 5º Colóquio de
Proteção do Consumidor de Seguros, que termina nesta terça-feira
(31).