Não faltaram polêmicas durante a
primeira audiência pública sobre o PL 3139/15, de autoria do
deputado Lucas Vergílio (SD-GO), que criminaliza a atuação das
chamadas empresas de proteção veicular e proíbe associações e
cooperativas ou clubes de benefícios de comercializarem contratos
de natureza securitária. Representante da Federação Nacional das
Associações de Benefícios do Estado de Goiás (FEAB-GO), Gabriel
Borges utilizou, em sua fala, o exemplo de uma família que resolve
ratear futuras despesas. “Se essa família com cinco membros
decidir, em comum acordo, que as despesas ocorridas serão dividas
entre eles, ela é uma família marginal? Ela deve ser combatida?”,
questionou.
Lucas Vergílio rebateu: “Você fez uma
analogia dizendo que uma família resolve, entre eles, ratear as
despesas. Então vamos supor que essa família vá uma loja, compre um
CD e resolva fazer uma cópia. Em seguida, entre eles, resolvem
fazer comercializar essa cópia. O que esse produto é? É um CD
pirata. E as associações e cooperativas que comercializam seguro
estão comercializando seguros piratas, sim”.
O deputado goiano enfatizou que, para
proteger o consumidor, o mercado deve oferecer garantias à
sociedade. “O mercado de seguros é regulamentado, fiscalizado e
supervisionado no mundo inteiro, não apenas no Brasil. E isso tem
vários motivos: primeiro porque você está lidando com o patrimônio
das pessoas, depois porque você está lidando com a vida das pessoas
e, por fim, porque você está lidando com a poupança interna do
nosso país”, destacou.