Polícia fez licitação, mas não deu
previsão para compra de componentes e para seguro estar em
dia.
Três helicópteros da Polícia Militar
de Santa Catarina estão parados por atraso nos seguros e falta de
peças. Outro problema que afeta também o serviço das aeronaves no
estado é a falta de combustível, segundo a Associação dos Praças de
SC (Aprasc), como mostrou o Jornal
do Almoço desta quarta-feira (20). Os três helicópteros
ficam em Florianópolis,
em Lages, na Serra, e em Joinville,
no Norte do estado.
A Secretaria da Fazenda informou que
está mantendo o cronograma de repasses e que nesta semana repassou
R$ 800 mil para a Polícia Militar. A PM confirmou o recebimento do
recurso e disse que na terça (19) fez uma licitação para renovar o
seguro, mas não informou quando estará em dia, se vai comprar as
peças e também não se manifestou também sobre a falta de
combustível. A Secretaria Estadual da Segurança Pública não se
posicionou sobre a situação.
Em Joinville, a aeronave já está
parada há mais de um mês, desde 15 de agosto. Segundo a PM, o
helicóptero e mais dois aviões estão com o seguro atrasado. Seriam
necessários R$ 400 mil por aeronave para fazer a renovação. Na
região, o helicóptero atende 44 cidades com uma média de duas
ocorrências por dia, entre elas localização de criminosos, apoio a
operações e é fundamental também em resgates e transporte de
pessoas feridas em acidentes.
Já em Lages, o helicóptero da PM está
parado desde sexta-feira (15). O último atendimento foi na
quinta-feira no combate a um incêndio próximo da BR-116, em Santa
Cecilia. Em nota, o governo do estado disse que o helicóptero está
sem voar por causa da manutenção programada e obrigatória para
troca de uma peça que vem dá França, mas não deu prazo para que
essa troca ocorra.
A maior preocupação é porque esse
helicóptero atende 18 cidades na Serra. Entre os atendimentos está
o resgate de pessoas em perigo, como por exemplo o caso da criança
de 6 anos caiu de um penhasco na Serra do Rio do Rastro e foi salva
com o trabalho desse helicóptero e dos policiais. Além disso, o
helicóptero também faz o transporte de doentes graves, que precisam
de atendimento rápido.
Em Florianópolis o helicóptero e
aeronaves da PM estão no chão porque faltam peças para o Águia
02.
“O governo do Estado tem demorado a
repassar o dinheiro na quantidade suficiente para suprir as
necessidades da polícia e uma da vitimas é o Batalhão de Aviação
agora, mas outros setores dentro da PM estão carecendo de verbas,
dentre eles a questão de fardamento e manutenção, inclusive, de
viaturas”, afirmou à reportagem Edson Fortuna, presidente da
Aprasc.