Em evento do Sincor-PR, seguradores
apontam estratégias para a inovação constante
Durante o 8º Simpósio Paranaense de
Seguros, promovido pelo Sincor-PR, em Curitiba, José Antonio de
Castro, presidente da entidade, frisou o objetivo do evento de
refletir sobre a necessidade de o corretor se reinventar e como as
seguradoras podem auxiliar essa questão. “Essa provocação e
objetivo são no sentido de cada um rever seus processos, regras,
observar investimentos em tecnologia, capacitação”. Além disso, ele
frisou que é preciso refletir sobre como atuar com as ferramentas
tecnológicas que se aliam à rotina do corretor.
Leonardo Pereira de Freitas, diretor
comercial Mercado Brasil da Bradesco Seguros
Leonardo Pereira de Freitas, diretor
comercial Mercado Brasil da Bradesco Seguros, frisa que a indústria
de seguros tem se mostrado extremamente pujante apesar dos recentes
problemas enfrentados pelo País. Ele também menciona o avanço de
produtos como vida e previdência.
Em sua visão, o desafio para que
seguradoras e corretores se reinventem é enxergar o perfil do
consumidor atual e as tendências. A longevidade, por exemplo, traz
boas oportunidades para o ramo de benefícios.
As seguradoras também têm o desafio de
tornar os processos mais fluidos para o corretor e não focar no
produto, mas sim no cliente. “Outro desafio é entregar uma proposta
de valor cada vez mais tangível”.
Em relação à tecnologia, ele aponta
que seguradoras e corretores devem ter cada vez mais canais para o
cliente acessar na internet, pois isso gera conveniência e
relacionamento com o segurado. Além disso, ele menciona que o
crosseling é uma oportunidade que deve ser usufruída pelo
corretor.
Na opinião de Luis Gutíerrez,
diretor-presidente nas áreas de automóvel, seguros gerais e
affinities do Grupo Segurador Banco do Brasil e ******, é
necessário atenção aos sistemas de comercialização, processos,
conhecimentos que as equipes possuem e de quais precisarão daqui em
diante, assim como as tecnologias. Ouvir os clientes e aproveitar
as oportunidades para disponibilizar proteções diversas também são
necessidades apontadas pelo executivo. “Tudo no mundo muda rápido e
precisamos reagir a essas mudanças”, diz o executivo, que
complementa que o corretor é peça fundamental para a indústria de
seguros.
Parceria na atuação
Octavio Bromatti, vice-presidente
comercial da América Latina da AXA, reforça que a mudança digital e
tecnológica mudou o foco de poder para o cliente e, portanto, é
preciso entendê-lo, além de compreender as mudanças tecnológicas.
“Nesse mundo de transformações, os primeiros são sempre os
inovadores, que conseguem se sustentar nos negócios”. Ele
complementa que o core do corretor é justamente compreender as
necessidades do cliente.
Dessa maneira, Bromatti enfatiza a
função das seguradoras de ajudar o corretor em processos
administrativos, para que ele foque no atendimento ao segurado,
principalmente para compreender as características das novas
gerações. Isso também é importante para a sustentabilidade dos
negócios dos corretores.
A parceria entre seguradora e corretor
para o desenvolvimento de soluções e processos para os diferentes
perfis de segurados também é um fator apontado pelo executivo.
Nesse sentido, para a comercialização de produtos massificados, que
seguem um padrão, é necessário identificar como agregar valor a
essas vendas.
Já para médios e grandes negócios, a
atuação do corretor como consultor sempre será necessária, ainda
que ferramentas digitais auxiliem. “Para ser um consultor que traga
soluções, o corretor terá que entender melhor o cliente, o produto
e a seguradora com que trabalha”. Rivaldo Leite, diretor da Porto
Seguro
Na visão de Rivaldo Leite, diretor da
Porto Seguro, por conta da velocidade das mudanças é difícil fazer
planejamentos a longo prazo. Entretanto, o papel do corretor como
consultor do cliente deve ser algo colocado em prática de maneira
constante.
Ele compartilha que a Porto Seguro tem
investido na criação de aplicativos e reinventado produtos. “Temos
uma prateleira enorme de produtos para também tirar o corretor da
dependência do seguro de automóvel”, diz ele ao reforçar que o
profissional deve aproveitar as oportunidades em outros ramos, como
previdência privada, vida e residencial, por exemplo.
Matias de Ávila, vice-presidente
comercial da SulAmérica
Matias de Ávila, vice-presidente
comercial da SulAmérica, comentou que no último ano a seguradora
treinou 44 mil pessoas com temas sobre vendas, processos,
tecnologia e formas para abordar os clientes em outros produtos.
Ele também conclamou que os corretores mantenham o foco em buscar
constantemente informação e formação mais sólida em se tratando das
necessidades do segurado. “Isso está no nosso dia a dia. Não deixem
de estudar, frequentar as cias. de seguros, interagir conosco. São
esses corretores que irão sobreviver, os consultores de todas as
necessidades dos clientes”.