Acusados vão responder por
crimes como corrupção e estelionato.
Vereador e pastor Raul Batista
está entre os 18 denunciados pelo MPF.
A Justiça Federal aceitou a denúncia
do Ministério Público Federal (MPF) contra 18 pessoas acusadas de
integrarem um esquema de fraudes na concessão do seguro-defeso no
Pará. A denúncia foi resultado da operação “Arapaima”, realizada
pelo MPF e pela Polícia Federal em 2015 e que desmontou o esquema
fraudulento.
Segundo as investigações, servidores
que atuavam em 2014 no Ministério da Pesca inseriam pessoas sem
direito ao seguro-defeso no registro de pescadores. No Sistema
Nacional do Emprego (Sine), a documentação entregue pelo Ministério
da Pesca era liberada por funcionários que faziam parte do esquema.
Entre os denunciados e presos pela operação estava o Pastor Raul
Batista, vereador de Belém.
O procurador da República Alan Mansur
Silva, titular do caso, foi informado nesta quinta-feira (15) sobre
o recebimento da denúncia, que foi ajuizada em setembro de 2016,
mas o processo tramitava sob sigilo até a última segunda-feira
(12).
Segundo o MPF, os 18 denunciados agora
passam a responder processo judicial pelos crimes de estelionato,
corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos em sistema de
informações, e associação criminosa, e podem ser condenados a penas
que, somadas, podem chegar a 45 anos e oito meses de prisão, além
do pagamento de multas.
Prisão de vereador No dia 22 de
outubro de 2015, o pastor e vereador Raul Batista foi preso acusado
de ser um dos responsáveis por indicar pessoas para fraudar o
seguro defeso, mas foi solto dois dias depois por determinação da
Justiça, que deferiu o pedido de habeas corpus movido pela defesa
de Raul.
“Eu não tive nenhuma participação e
isso ficará claro. A Polícia Federal está fazendo as investigações,
fez todas as perguntas e nós respondemos todas elas. A Polícia
Federal com certeza vai poder esclarecer isso para toda a imprensa
e sociedade brasileira”, afirmou o pastor Raul Batista na época da
prisão.