O primeiro trimestre foi muito bom
e superou nossas expectativas. A afirmação foi feita pelo diretor
Geral da Porto Seguro, Rivaldo Leite, em entrevista exclusiva para
o CQCS, na qual exaltou a importância do corretor de seguros nesse
processo. “O volume de vendas ficou acima da realidade do País, que
teve queda de 3,5%, enquanto a nossa companhia cresceu 5% no
trimestre. Os acionistas estão felizes e, em vista do momento
econômico e politico, com o alto índice de desemprego, foi um
trimestre muito bom. Isso foi possível com o apoio da grande massa
de corretores ativos. Procuramos nos reinventar, buscando outros
produtos e incentivando nossa área comercial e o corretor a
ofertarem outros produtos. A receita vem dando certo, frisou o
executivo.
Ele acrescentou que a Porto Seguro
há 18 meses vem se preparando para os possíveis efeitos da crise,
observando variações que se refletem no desempenho da companhia,
particularmente a queda nas vendas de veículos zero km.
Foi, então, posta em prática a
receita que reúne ingredientes como o avanço da comercialização de
produtos “não seguros”, incluindo financiamentos, alarmes
monitorados, seguro saúde paracães e gatos, além do Porto Conecta,
voltado para a venda de chips. Felizmente, temos diversos produtos
que ajudam bastante a companhia a aumentar sua receita e não ficar
na dependência tão grande do seguro auto”, observou.
Rivaldo Leite disse ainda que, com
muita persistência e treinamento, encontros e bate papo, a Porto
Seguro levou o corretor de seguros a conhecer e apostar nesses
produtos diferenciados. O corretor também começou a entender o
cenário, atual e futuro, que é de maior dificuldade nos seguros
tradicionais. Para tanto, foi fundamental para a Porto Seguro
oferecer treinamentos constantes e uma equipe com mais de 500
pessoas que conhecem os produtos que não são seguros. “O corretor
pode ofertar consórcios ou financiamentos aos seus clientes, pois a
Porto Seguro dispõe de profissionais que o acompanham até o
fechamento do negócio”, explicou.
Com 33 anos de Porto Seguros,
Rivaldo Leite diz que é preciso muito suor e, acima de tudo, gostar
do que faz, para obter bons resultados mesmo em tempos de crise. E
sempre com o apoio do corretor. Quem apresenta o cliente para a
companhia é o corretor. E quando o cliente é bem atendido, sempre
lembra do corretor, acentuou. Para o futuro, ele sugere que o
corretor invista nos seguros de vida e planos de previdência
complementar, que têm grande potencial para crescer na medida em
que o governo inevitavelmente terá que fazer a reforma da
Previdência Social.
Rivaldo Leite faz também um alerta
importante para o corretor. “É preciso atuar cada vez mais como um
consultor do cliente, inclusive dos seus investimentos. O seguro de
veículos cada vez mais será uma commodity comercializada através de
canais alternativos, na internet ou em concessionárias. Então, o
corretor vai sentir pressão maior e precisará estar preparado para
comercializar outros produtos”, concluiu.