Ausência de profissionais de informática
em saúde faz co que setor se movimente e adote modelos de
qualificação de Países europeus e Canadá
O emprego de tecnologia da informação em todas as camadas das
instituições de saúde tem criado uma nova demanda por profissionais
especializados na área. Mais do que um técnico ou analista de
sistema, este profissional tem entender das especificidades do
setor.
A demanda criada pela indústria de soluções em TI e por hospitais
públicos e privados cresceu de tal forma que, hoje, um profissional
recém- formado em informática em saúde recebe até R$ 5 mil de
salário inicial. "Há, no Brasil, cerca de sete mil instituições de
saúde e menos de 5% delas estão informatizadas. Por outro lado
temos a indústria de software, soluções e consultoria em TI que
também busca esses profissionais. Falta gente para atender a essa
demanda", enfatiza o diretor de ensino da Sociedade Brasileira de
Informática em Saúde (Sbis), Renato Sabbatini.
Educação
Para a consultora de informática em saúde, Beatriz Leão, a falta de
reconhecimento do informata em saúde como um profissional
interdisciplinar, prejudica no processo formação, uma vez que
faltam políticas de incentivo como bolsas para pesquisa científica
para que eles possam colaborar com a implementação de sistemas no
setor. Para a executiva, a falta de regulamentação da profissão não
é um problema, mas o Brasil poderia aprender com países como
Holanda, Suíça, Dinamarca, Canadá e Austrália que identificaram um
conjunto de competências para os profissionais da área e
capacitá-los para a tender as demandas existentes.
Por ser um profissional raro no mercado, uma das soluções do setor
para sanar esta demanda é a capacitação profissionais de TI nos
processos hospitalares e a qualificação de profissionais de saúde
em tecnologia. De acordo com a CIO do Hospital Sírio Libanês,
Margareth Ortiz, além da dificuldade de encontrar pessoas para o
setor, reter estes profissionais tornou-se um grande desafio para
os hospitais. "Existe uma tendência de comparar salários de
hospitais para hospitais, e isso é um problema, pois na verdade
quem vai roubar o profissional das instituições de saúde são as
grandes empresas de TI. Uma solução para isso é estabelecer
políticas eficientes de RH e ter salários compatíveis com o mercado
que não seja o de saúde".
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