A Minuto Seguros apontou
recentemente que a quantidade de veículos com seguro na frota
circulante brasileira vem se mantendo estável, apresentando, desde
2006, percentuais que não ultrapassam 30%. Um dado curioso, pois no
mesmo período, houve um aumento significativo tanto da renda média
do brasileiro como do número total de empregos gerados, ou seja, um
cenário positivo para o setor.
Diante destas informações, a Minuto
Seguros realizou um levantamento para entender as peculiaridades de
cada região e o percentual de veículos segurados por Estado:
Posição
|
Proporção de Automóveis Segurados (média
jul/2006-jun/2014)
|
Posição
|
Proporção de Automóveis Segurados (média
jul/2006-jun/2014)
|
Brasil |
30,5%
|
Goiás |
26,7%
|
1
|
Bahia |
36,0%
|
15
|
Pará |
26,5%
|
2
|
Distrito Federal |
35,4%
|
16
|
Paraíba |
26,3%
|
3
|
Alagoas |
34,8%
|
17
|
Paraná |
26,2%
|
4
|
São Paulo |
34,7%
|
18
|
Minas Gerais |
25,9%
|
5
|
Pernambuco |
32,9%
|
19
|
Tocantins |
24,9%
|
6
|
Rio de Janeiro |
31,3%
|
20
|
Maranhão |
24,1%
|
7
|
Sergipe |
29,8%
|
21
|
Mato Grosso do Sul |
23,7%
|
8
|
Mato Grosso |
28,8%
|
22
|
Piauí |
22,9%
|
9
|
Rio Grande do Norte |
28,7%
|
23
|
Acre |
17,3%
|
10
|
Espírito Santo |
28,5%
|
24
|
Amazonas |
16,9%
|
11
|
Santa Catarina |
28,0%
|
25
|
Roraima |
12,2%
|
12
|
Ceará |
27,7%
|
26
|
Amapá |
12,2%
|
13
|
Rio Grande do Sul |
27,5%
|
27
|
Rondônia |
10,5%
|
A análise ainda revelou uma série
de fatos interessantes, que merecem ser destacados. De acordo com
Marcelo Blay, CEO da Minuto Seguros, “há, de fato, uma grande
diferença na quantidade de veículos segurados por Estado no
Brasil. A Bahia, por exemplo, tem um número três vezes maior
de carros com seguro do que Rondônia”, afirmou. Por falar nos
baianos, esses compram 20% mais seguros que a média nacional. Na
contramão, aparecem os mineiros que compram 15% menos.
Outro dado curioso do levantamento
mostra que Estados mais ricos e/ou populosos, como São Paulo, Rio
de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, não encabeçam
a lista e estão classificados em posições intrigantes: São Paulo
aparece em 4o lugar; Rio de Janeiro em
6o; Minas Gerais em 18o; Paraná em
17o e Rio Grande do Sul em
13o lugar.
Diferentemente do que se poderia
imaginar, as disparidades regionais como nível educacional e acesso
a saneamento básico não são fatores que ajudam a entender tamanha
diferenciação quando o assunto é o seguro de carro. No gráfico
abaixo vemos a relação entre renda (per capita, dados do IBGE
referentes a 2012) e seguros (a proporção de veículos expostos a
seguros por cada 100 veículos circulantes na frota).
De uma forma geral, os dados
apresentados no gráfico sugerem que a baixa aquisição de seguros de
automóveis não pode ser explicada pela renda per capita. Na Região
Norte, por exemplo, nenhum estado atingiu a média nacional. Tanto a
região Sul como a Norte ficaram abaixo dessa média. A Bahia, 21º
estado em termos de PIB per capita, tem proporcionalmente mais
automóveis segurados do que São Paulo e bem mais do que o Rio
Grande do Sul.
O levantamento analisou se o tema
da violência urbana medida pela taxa de roubo de carros por Estado
explicaria o fenômeno. De acordo com o baixo R2, não é
possível dizer que o roubo de carros é o fator que leva as pessoas
a comprarem mais seguros em um Estado do que em outro.
De qualquer forma, fica claro que o
desafio de elevar o volume de seguros de automóveis no Brasil
persiste independentemente do Estado. Numa conta simples, se a
média nacional (os 30,5% da primeira tabela) atingisse simplesmente
a média da Bahia (36%), para uma frota circulante de cerca de 46
milhões de automóveis, em junho de 2014, teríamos mais 2,5 milhões
de veículos segurados no mercado brasileiro. Se a penetração
chegasse a 40,1%, o aumento se traduziria em 4,5 milhões de novas
apólices.