O mercado segurador brasileiro
registrou lucro líquido não consolidado de R$ 15,7 bilhões no
período de janeiro a novembro de 2014, 19,9% maior do que os R$
13,1 bilhões do mesmo período de 2013, segundo dados estatísticos
disponibilizados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep),
nesta quinta-feira, 8 de janeiro. Segundo consolidação feita pelo
consultor Luiz Roberto Castiglione, excluindo o resultado de
coligadas e controladas, o lucro líquido passa para R$ 9,5 bilhões
21,2% acima dos R$ 7,9 bilhões do mesmo período anterior. A taxa
média de retorno do patrimônio líquido anualizada foi de 22,8%,
três pontos percentuais acima do registrado em 2013.
De acordo com o estudo enviado pelo
consultor para o blog Sonho Seguro, o volume total de prêmios (com
VGBL) somou R$ 144,4 bilhões de janeiro a novembro, 10,5% acima dos
R$ 130,6 bilhões do mesmo período do ano passado. Excluindo o VGBL,
a produção de seguros atingiu R$ 82,2 bilhões, 9,6% acima dos R$ 75
bilhões dos onze meses de 2013.
O índice combinado chegou a 88,59%
dos prêmios e contribuições ganhas, uma ligeira piora em relação
aos 89,04% dos mesmos em 2013 (quanto mais próximo de 100% pior).
“Esse desempenho adveio do segmento de previdência privada
(tradicional e VGBL), onde a margem passou de 5,25% dos prêmios
ganhos em 2013 para 5,59% em 2014. Já a Margem de Seguros ficou
praticamente idêntica em ambos os períodos”, comenta o consultor em
seu estudo. “As despesas administrativas se mantiveram controladas
e o resultado financeiro em função do aumento da taxa básica de
juros passou a ser robusto. Com isso a rentabilidade da operação
foi equivalente a 23,5% dos prêmios e contribuições ganhas contra
20,5% dos mesmos em 2013″, acrescenta.
Segundo Castiglione, “ao que parece
a busca pela eficiência operacional chegou no seu limite”. A maior
rentabilidade se deveu, em grande parte, ao aumento da taxa básica
de juros. “De certo será um ano de rentabilidades adequadas, com
distribuição de dividendos e participações em lucros. Todavia, o
ano de 2015 deverá ser espinhoso. Vendas com menor ritmo de
crescimento, aumentos de custos e tributos e concorrência mais
acirrada (predatória).”