A ANS (Agência Nacional de Saúde) divulgou nesta segunda-feira
(22) que estão autorizados reajustes de até 9,04% para planos de
saúde individuais e familiares.
O porcentual, aprovado pelo Ministério da Fazenda, é o teto
válido para o período entre maio de 2013 e abril de 2014 para os
contratos de cerca de 8,4 milhões de beneficiários, o que
representa 17,6% dos consumidores de planos de assistência médica
no Brasil, segundo a agência.
As operadoras esperam a autorização do reajuste desde maio.
Conforme informou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da
Agência Estado, em março, porém, fontes de seguradoras e operadoras
de saúde mostravam preocupação de que a alta da inflação em 2013
pudesse fazer com que a autorização de reajustes nos planos
individuais atrasasse. Isso porque a aprovação depende não só da
ANS, mas também de um aval do Ministério da Fazenda. Em 2012, já
havia ocorrido atraso e a aprovação saiu ao final de junho. Neste
ano, a demora foi um pouco maior.
As companhias de saúde estão autorizadas, porém, a cobrar a
diferença entre as mensalidades antigas e novas retroativamente, de
acordo com a data de aniversário dos contratos. É permitida a
cobrança de valor retroativo caso a defasagem entre a aplicação e a
data de aniversário seja de, no máximo, quatro meses.
Diferentemente dos planos coletivos nos quais operadoras negociam
preços com empresas contratantes livremente, os planos individuais
têm reajuste controlado pela ANS. O porcentual autorizado leva em
consideração a média do aplicado pelas operadoras aos planos
coletivos com mais de 30 beneficiários. Em nota, a ANS informou
que, neste ano, foi considerado também o impacto de fatores
externos como a utilização dos 60 novos procedimentos incluídos no
Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde ao longo de 2012.