Para reduzir as filas de espera por cirurgias oftalmológicas no
Sistema Único de Saúde (SUS), hospitais universitários federais
começaram nesta quinta-feira (4) um mutirão de cirurgias com foco
na correção de catarata. A expectativa da Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares (Ebserh), que coordena a ação, é que, até
domingo (7), 820 procedimentos cirúrgicos sejam realizados em
pacientes cadastrados no sistema. A empresa é vinculada ao
Ministério da Educação.
A catarata é a perda da transparência do cristalino, lente
natural do olho, que pode levar à cegueira. O mutirão integra a
Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Média
Complexidade, do Ministério da Saúde, coordenado pela Ebserh. De
acordo com a assessoria da empresa, serão realizados mais dois
mutirões para as especialidades de oncologia, próstata, ginecologia
e cirurgias gerais e vasculares.
No hospital universitário, da Universidade Federal do Maranhão
(HU-UFMA), os procedimentos iniciaram às 7h. Dos 35 pacientes que
aguardavam pela cirurgia no período da manhã, 26 foram atendidos. A
assessoria do hospital informou, ainda, que a média de atendimento
será de 70 cirurgias por dia, até sábado (6), totalizando pouco
mais de 200. Trabalham na realização dos procedimentos, 20
profissionais entre oftalmologistas, anestesiologistas,
enfermeiros, técnicos de enfermagem e administrativo.
O atendimento no hospital universitário Bettina Ferro de Souza,
da Universidade Federal do Pará (UFPA), começou na terça-feira (2),
com 40 cirurgias já realizadas. Segundo a diretora clínica do
hospital, Roselis Gonçalves, a meta é operar 140 pacientes até a
próxima terça-feira (9), quando encerra o mutirão no hospital.
No hospital universitário Walter Cantídio, da Universidade
Federal do Ceará (UFC), as cirurgias de correção de catarata não
acontecerão no período do mutirão. A assessoria da UFC informou que
os pacientes passam por exames e avaliações e que a data para a
realização das cirurgias ainda será definida.