A União dos Corretores de Seguros
(UCS) aposta no compartilhamento para que seus associados sigam
crescendo: eles não se veem como concorrentes, mas como colegas de
profissão que podem ajudar uns aos outros, seja em parcerias ou em
aprendizados.
No 2º Trocando Ideias Online de
2022, realizado na terça-feira 15 de março, os convidados para
apresentação foram quatro associados que trouxeram “Dicas e
abordagens de vendas de seguros” baseados na expertise em
diferentes ramos: Amândio Martins, falou sobre consórcio; Celso
Andreta, seguro de vida; Eduardo Minc, automóvel; e José
Carlos da Silva, o “Alfaiate do Seguro”, sobre Previdência.
“É um Trocando Ideias bastante
especial porque temos quatro associados dando o melhor de si para
ajudar a todos. É muito bacana vermos que temos em nosso quadro
profissionais qualificados, trazendo informação de valor e
compartilhando conhecimento”, afirmou Arno Buchli Junior,
presidente da UCS. “Esse é o real propósito da UCS: ajudar o
corretor de seguros a vender mais”, completou o mestre de
cerimônias Anderson Itapetininga.
Entre diversas dicas apresentadas,
Eduardo Minc apontou estratégias de vendas que, segundo ele, são
fundamentais em sua corretora. “Quando um cliente diz que consegue
valor mais barato com outro corretor, apresento a justificativa de
cada custo, para ele entender que tem mais coberturas, e que na
frente trará uma economia maior. A segunda dica é falar uma
linguagem clara e compreensível para o segurado, sem ‘segurês’.
Explico cobertura a cobertura para que entenda o que estou
oferecendo”. Minc disse que para vender mais e ganhar mais é
preciso estar preparado e atualizado com o que o mercado oferece.
“É importante conhecer todos os benefícios, contar exemplos de
utilização. E também se debruçar em conhecer as necessidades de
cada segurado, para uma oferta assertiva”. Outra dica que ele
considera importante é sempre pedir para um segurado uma indicação
de possível novo cliente. “Quando eu acabo de fechar contrato
sempre peço que indique algum amigo que tenha necessidade de
seguro. Eu mando uma mensagem no whatsapp e peço para falar
pessoalmente ou por telefone, ou mesmo que ele prefira continuar
pelo whatsapp, pego as informações para poder cotar seja agora ou
depois”. E sempre entrega seu cartão de visitas. “Para todo mundo
entrego meu cartão, um dia a pessoa irá precisar e vai
procurar”.
Celso Andreta disse que se devolveu
no seguro de vida observando grandes corretores de seguros
especialistas no ramo, por isso sua primeira dica é também buscar
aprender sobre o assunto e seguir pessoas que são referência no
Instagram. “É fundamental não ter vergonha de oferecer, muitas
pessoas dizem que o corretor só fez o seguro de automóvel e nunca
ofereceu outro produto. E é preciso um método, não adianta chegar
para o cliente e perguntar se tem seguro de vida, porque ele vai
declinar. Faça perguntas abertas, que não levem a um sim ou não
como resposta – exemplos ‘Como você protege sua família?’, ‘Qual
seria seu plano B se amanhã acontecer algo a você?’. São maneiras
de tocar em um assunto que não é fácil, se for direto falar em
seguro de vida a pessoa vai refutar”. Outra dica que tem dado certo
para ele é fazer a venda porta a porta. “Depois de 26 anos como
corretor de seguros voltei a fazer porta a porta para seguro de
vida, oferecendo seguro em padarias, lanchonetes, e empresas
diversas, e tem um retorno, as pessoas te recebem bem, se abrem
para orçamento”. Também enfatizou a importância de ser criativo e
atuar nas redes sociais. “Editei uma revista de história em
quadrinhos com dois personagens, a Maria Prevenida e o Zé Prudente.
Faço a distribuição da publicação pessoalmente, vale a pena”. E
falou para reservar um tempo para desenvolver o seguro de vida.
“Tire dois dias para focar neste ramo, o dia a dia no seguro de
automóvel nos consome atenção, é preciso se dedicar por um novo
ramo, e estabelecer metas”.
José Carlos da Silva, “Zé
Alfaiate”, trouxe a técnica que ele chama de “Se sente, sentiram,
se deram conta”. “Imagine que uma pessoa está recusando fazer o
seguro por algum motivo, você diz: ‘Ok, entendo como você se sente,
muitas pessoas com você se sentiram da mesma forma, mas depois se
deram conta da importância de ter um plano de previdência
complementar’. Isso serve para qualquer produto. E então apresente
argumentos da importância do seguro, da atuação do corretor, de ter
a garantia”. Ele reconheceu que previdência é um tema mais técnico,
mas há dicas que podem ser compartilhadas. “Tenha em mente qual o
teto do INSS hoje, enfatize que se o cliente chegar a receber este
valor máximo, não será suficiente para se manter. Pergunte os
projetos do cliente, planos para o futuro, parando de trabalhar por
opção ou por saúde. Quando abrimos para que ele fale mais, damos
atenção e fazemos a pessoa refletir. Fale sobre a família do
cliente, aponte que hoje as pessoas têm menos filhos, isso mostra
que haverá menos contribuição para o INSS e mais pessoas, que estão
vivendo mais, buscando esse rendimento. Importante ter dados e
estatísticas, estudar um pouco, entender as diferenças de VGBL e
PGBL, as tabelas de imposto de renda. Olhar a longo prazo as
necessidades”.
Amandio Martins destacou a
importância de ser sociável. “Antes de ser especialista em qualquer
produto, sou especialista em gente. Procuro ser muito interessado
na história das pessoas, isso abre espaço para que possamos gerar
soluções para clientes, famílias e empresas”. Para ele, o consórcio
transforma a vida de quem compra e de quem vende. “Se você quiser
mesmo vender consórcios precisa começar a ‘respirar’ este produto,
estudar produtos e clientes, buscar aperfeiçoamento em treinamentos
das companhias, se inspirar em especialistas, seguir no Instagram.
Tem que ter atitude comercial: ação, intensidade e recorrência”. E
ressaltou que é difícil vender consórcio – “se não entender isso
desiste rápido”. “Mas vale a pena, o consórcio mais difícil de
vender é o primeiro, que é para você próprio. Depois que você
compra a ideia e entende a importância, consegue replicar isso para
os clientes. O consórcio não é complicado, mas é preciso ter ‘a
manha”. O que é mais difícil remunera melhor, essa é a escolha”,
disse.
“O principal ativo da UCS são
corretores de conhecimentos diversos e dispostos a compartilhar”,
finalizou o presidente Arno Buchli Junior.