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Para caber no “bolso” empresas barateiam apólices para cargas

Fonte: DCI Data: 02 junho 2016 Nenhum comentário

Queda da atividade econômica e redução de viagens levam seguradoras a baratear produtos para movimentação de cargas; outro foco é agilizar a contratação e criar prêmios flexíveis

Diante da perspectiva de um segundo ano consecutivo com o Produto Interno Bruto (PIB) negativo, o que se vê, na prática, é a redução de viagens e do volume de carga transportado por empresas de pequeno e médio portes pelas rodovias.

Com o menor faturamento dessas empresas, as seguradoras passaram a oferecer soluções personalizadas, de rápida contratação, com taxa mensal do seguro (chamada de prêmio) mais acessível para caber no bolso desse público.

Por lei, os transportadores são obrigados a pagar o seguroRCTR-C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Cargas). Trata-se de uma cobertura para a proteção do transportador e também do proprietário da mercadoria. Esse seguro garante ao transportador rodoviário o reembolso do valor da carga a ser indenizada ao embarcador (dono da carga), caso ocorra algum acidente à carga durante o transporte, como colisão, tombamento, abalroamento (choque violento com objeto ou veículo), capotagem, incêndio ou ainda explosão.

Segundo o superintendente líder de práticas de transporte da Marsh Corretora e Consultoria de Risco, Sérgio Caron, o seguro obrigatório RCTR-C e o RCF-DC (Seguro Facultativo de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário por Desaparecimento de Carga) são os dois principais produtos de prateleiras nas seguradoras que operam seguro transporte no País, aproximadamente 15 empresas.

Calculando riscos

O RCF-DC cobre o desvio das mercadorias transportadas devido a furto ou roubo. Pode ser contratado em conjunto com o seguro obrigatório (RCTR-C) ou de modo isolado. A contratação de ambos varia conforme o “bolso” do transportador.

Do total de transportadores do País, nem todos contratam o seguro obrigatório, correndo o risco de serem multados por desrespeito à legislação vigente. Não há números oficiais, mas, com base no dia a dia da corretora, Caron explica que, de cada três transportadores que contratam o seguro obrigatório, apenas um deles aceita o seguro facultativo RCF-DC. “Há um potencial de crescimento enorme desses produtos entre pequenas e médias empresas”, avalia o executivo da Marsh.

Algumas seguradoras apresentam planos mínimos para cada tipo de seguro (RCTR-C ou RCF-DC), que varia de R$ 300,00 a R$ 1 mil por mês, a serem pagos pelos transportadores de empresas de pequeno porte. O cálculo do valor do seguro mensal, pago pelo transportador à seguradora, vai depender do risco da carga (eletroeletrônicos, carnes, calçados, móveis), do gerenciamento de risco contratado (rastreadores com GPS para proteção da carga e do caminhão) e do número de viagens realizadas ao longo do mês.

“No primeiro quadrimestre desde ano, fechamos o RCTR-C com algumas transportadoras de pequeno porte que nunca tiveram o seguro obrigatório”, conta o superintendente da área de transportes da Liberty Seguros, Marcos Siqueira. “Há um potencial enorme de crescimento do seguro obrigatório, principalmente nas cidades distantes das capitais, em diferentes estados”, diz.

Siqueira explica, sem divulgar valores, que o seguroRCTR-C na Liberty foi precificado de acordo com a realidade do mercado para atrair o segmento, ou seja, leva em conta o momento de crise e de menor faturamento dos transportadores.

Apólice imediata

No fim de junho, entrará em funcionamento um sistema on-line na Liberty Seguros para a emissão imediata da apólice de seguro para os transportadores de pequeno porte. Hoje, a emissão leva cinco dias após o pagamento. “Estamos nos organizando há um ano e meio com investimentos em processos, novo sistema, equipe especializada e atendimento rápido e fácil em diferentes cidades do Brasil”, afirma Siqueira. “Queremos que as empresas de transporte de pequeno porte representem 50% da nossa carteira de transportes”, completa.

Atualmente, a Liberty Seguros já oferece seguros personalizados para pet shops, consultórios, escritórios e outras atividades. “Queremos aproveitar nossa expertise em nichos específicos também no segmento de transportadores de empresas de menor porte, que levam móveis, calçados, autopeças e outros produtos a diferentes partes do País. Normalmente, esse transportador aproveita uma viagem para carregar várias mercadorias”, diz o executivo da Liberty.

Produtos na mira

De longe, o meio de transporte mais utilizado para cargas no Brasil é o caminhão – muito superior aos transportes realizados por embarcações, mesmo quando se trata de cargas internacionais para países vizinhos. Por esse motivo, os riscos de colisões, tombamento, furtos e roubos de cargas ficam na mira das seguradoras quando se trata do seguro transporte.

Apesar da menor atividade econômica no País e do aumento do número de desempregados, os roubos e acidentes não registraram variação significativa. Nas seguradoras, o índice de sinistralidade acima dos 70% costuma ser um indicativo de alerta. Em 2015, o indicador de sinistralidade sobre o prêmio ficou na faixa de 64% (seguro de transporte nacional e internacional para todos os portes de empresa), segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Cargas com produtos eletrônicos e de informática em geral, produtos farmacêuticos, cigarros, autopeças e alimentos integram o ranking dos produtos mais roubados nas rodovias brasileiras, de acordo com o relatório Annual Brasil Cargo Theft Report, de 2015. O estudo é divulgado pela Freightwatch International SCIC.

Novidades

Chamados de Siga Bem Seguro, os dois produtos RCTR-C e RCF-DC da seguradora Yasuda Marítima, para proprietários de carga e para transportadores de pequenas empresas, foram lançados em maio deste ano, prometendo agilidade e atendimento especializado nas ocorrências de roubos e de acidentes pelas rodovias do País. Os contratos padronizados para esse público permitem que a contratação do seguro seja feita em, no máximo, três dias.

O seguro facultativo RCF-DC da Yasuda Marítima cobre eventuais riscos por conta do roubo de cargas transportadas, roubo por ameaça grave ou violenta (como extorsão ou sequestro do motorista), além do chamado desaparecimento de carga, quando o veículo – caminhão, carreta, bitrem ou treminhão, por exemplo – é levado.

Atualmente, os transportadores de pequenas e médias empresas representam fatia de 15% da carteira de seguro transporte da seguradora. “Nossa intenção é que esse segmento alcance 30% até o fim de 2016″, afirma o diretor da área de seguro transportes da Yasuda Marítima, Adailton Dias.

O RCTR-C da Yasuda Marítima cobre a movimentação anual de carga de até R$ 500 milhões, com prêmio mínimo variável. “Constatada a redução da movimentação de carga pelo transportador, diante do momento difícil e fraco do mercado, a Yasuda Marítima prevê o pagamento de um prêmio mínimo pelo cliente.

A estratégia ajuda o transportador nos meses mais difíceis. Em vez de R$ 1,5 mil por mês, será cobrado R$ 700,00 mensais. Se o transportador está movimentando bem, a Yasuda Marítima vai cobrar a taxa normal da apólice”, explica Dias.

Umas das novidades oferecidas pela Yasuda Marítima nesses produtos padronizados ao transportador é a possibilidade de gerenciamento de risco (monitoramento do veículo por GPS, por exemplo ) realizado por uma empresa parceira. “É possível contar com toda a parte de inteligência em um só local”, diz o diretor da Yasuda Marítima

 

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