A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) e a Aliança para a Saúde Populacional (ASAP)
estão realizando uma pesquisa para avaliar a abrangência das
intervenções de programas de promoção da saúde em empresas
brasileiras. A iniciativa é fruto de um Termo de Cooperação Técnica
firmado entre as duas instituições e tem como objetivo desenvolver
ações e programas capazes de contribuir para a sustentabilidade da
saúde suplementar.
Podem participar da pesquisa
gestores diretamente envolvidos no desenvolvimento e aplicação dos
programas em empresas que, comprovadamente, desenvolvam um ou mais
programas de promoção da saúde e prevenção de doenças para os
funcionários por, pelo menos, 12 meses. O questionário utiliza a
ferramenta CDC Worksite Health ScoreCard, que avalia a prevenção de
doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e condições
relacionadas.
A diretora-adjunta de Normas e
Habilitação dos Produtos da ANS, Flávia Tanaka, explica que o
investimento em programas de promoção da saúde e prevenção de
doenças (Promoprev) é uma das principais estratégias para garantir
a sustentabilidade do setor. “A Agência tem estimulado as
operadoras a repensarem a organização das suas redes de atenção à
saúde, através da mudança do modelo centrado na doença; da
ampliação da oferta de programas como ferramenta de gestão da saúde
dos beneficiários; da reorganização dos serviços, buscando o
monitoramento dos fatores de risco, o gerenciamento de doenças
crônicas e a diminuição dos anos de vida perdidos por incapacidade;
e da criação de incentivos para operadoras e beneficiários”,
afirma.
Atualmente, existem aproximadamente
1,3 mil programas de promoção de saúde e prevenção de riscos e
doenças que atendem 1,6 milhão de beneficiários de planos de saúde.
A maioria (70,4%) são iniciativas voltadas à saúde do adulto e da
pessoa idosa e 20,2% para a saúde da mulher. Parte significativa
dos programas oferece incentivos aos beneficiários por meio de
premiações. Os mais comuns são oferta de brindes, desconto em
academias, o não pagamento de coparticipação pelos beneficiários em
procedimentos/eventos em saúde e custeio de
medicamentos/equipamentos e vacinas.
Flávia ressalta que as empresas
contratantes têm papel importante na gestão da saúde de seus
funcionários e no aprimoramento do setor de saúde suplementar.
Entre as principais ações nesse sentido ela destaca a identificação
do perfil de sua população – fatores de risco, determinantes de
saúde, comportamento, hábitos – e a cobrança por resultados capazes
de promover o aprimoramento da qualidade assistencial, a redução de
custos e a melhoria da saúde da população.
Para mais informações sobre a
pesquisa, acesse o site da ASAP