Quem tem suspeita de zika vírus
está tendo de assumir os custos dos exames para detectar a doença,
mesmo pagando um plano de saúde. Esses procedimentos não foram
incluídos na nova lista em vigor desde janeiro, que as operadoras
são obrigadas a atender, mas a Agência Nacional de Saúde (ANS)
precisa agir rapidamente para resolver a questão.
Consumidores podem recorrer às
entidades de defesa do consumidor e à Justiça caso não consigam
fazer sem pagar os exames cujos preços variam de R$ 350 a R$ 1.350.
Afinal, um diagnóstico rápido é fundamental, principalmente no caso
das gestantes, com o risco da microcefalia para o feto.
A Proteste enviou ofício à ANS
pedindo providências urgentes para que o exame RT-PCR, assim como
outros exames rápidos que estão sendo desenvolvidos para
confirmação do diagnóstico do zika vírus, tenham cobertura pelos
planos de saúde, para garantir um tratamento digno e pleno aos 53
milhões de brasileiros que pagam para ter acesso a tratamento de
saúde.
Não é possível que se tenha de
esperar por uma nova atualização do rol de procedimentos prevista
para daqui a dois anos, pois trata-se de urgência no combate à
doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou em 1º de
fevereiro, estado de emergência sanitária mundial por conta da
ameaça do zika vírus e provável ligação entre o vírus e a
microcefalia, que tem aumentado no Brasil.