De acordo com ranking da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a diferença de preços
do plano básico oferecido pelas operadoras pode chegar a 105%. Em
alguns casos, a variação de valores inclui a abrangência
territorial de cobertura e da rede credenciada. "As pessoas não
devem levar em conta apenas o preço da apólice", comenta a advogada
do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Juliana
Ferreira. "Os planos mais caros contam com cobertura geográfica
mais ampla, em outros estados e no exterior. A rede conveniada
também é mais extensa."
Na hora da escolha, quem pretende mudar de plano de saúde deve
escolher a operadora e a cobertura de acordo com suas necessidades
antes mesmo de olhar os preços. "Há planos que atuam apenas com
rede própria e em uma determinada região. Esses são mais baratos.
Se a pessoa viaja bastante, não adianta pagar por esse serviço com
cobertura geográfica restrita. Se houver emergência fora da área em
que atua, não terá como ser atendido", explica o corretor Antonio
Martins, sócio da Rofim Corretora.
Martins explica que, para cada operadora e plano, há um perfil
diferente de cliente. "A cobertura mínima é igual para todos, pois
isso é definido pela ANS. Porém, detalhes como locais de
atendimento fazem diferença, e pesam na qualidade do serviço que
foi contratado", diz ele. A ANS
tem um sistema de pontuação que vai de zero a
1,0 e avalia a qualidade do atendimento, satisfação do cliente,
situação financeira da empresa, rede de atendimento e ainda o tipo
de plano.
As empresas são separadas por grupos conforme o número de clientes,
serviço prestado e diferença administrativa (cooperativa, medicina
de grupo, seguradora especializada em saúde, entre outras). "O
Programa de Qualificação da Saúde Suplementar ajuda a orientar o
consumidor a avaliar a operadora que presta o serviço. A
recomendação é sempre comparar as empresas que estejam no mesmo
grupo", explica Afonso Teixeira Reis, coordenador técnico do
programa da ANS.