Reajuste de
valor repassado aos médicos será de 25%. Medida não criará mais
custos e não é resposta às críticas, disse
Chioro
O
ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou na semana passada um
reajuste salarial de 25% para os profissionais cubanos que
trabalham no Brasil por meio do Programa Mais Médicos. A partir de
março, eles vão passar a receber US$ 1.245.
O
salário dos cubanos, atualmente, consiste em US$ 400, pagos pelo
governo brasileiro, e US$ 600, pagos pelo governo cubano e retidos
em uma conta no país. O aumento anunciado pela pasta, portanto, é
US$ 245, sendo que o valor total, a partir de agora, será pago no
Brasil.
Segundo Chioro, a negociação com a Organização
Panamericana de Saúde (Opas) e com o governo cubano para
estabelecer o reajuste salarial já estava em andamento quando ele
assumiu o comando da pasta, no início do mês de fevereiro. Houve,
de acordo com o ministro, uma determinação da presidenta Dilma
Rousseff para que o valor pago aos profissionais cubanos fosse
revisto.
Chioro disse que não houve aumento dos valores
repassados pelo governo brasileiro pela cooperação internacional.
“Não vamos gastar um centavo a mais. Vamos continuar pagando o
mesmo valor”, disse. O que houve, segundo ele, foi uma alteração
nos valores acordados no contrato com o governo cubano.
O
ministro disse que o anúncio não é uma resposta à pressão de
médicos cubanos como Ramona Rodríguez, que abandonou o programa.
“Não há, da nossa parte, nenhuma questão que envolva diretamente
pressão dos próprios médicos cubanos, muito menos daquela
profissional. Não é o que nos mobiliza. O que nos mobiliza é a
necessidade de aprimorar.”
Atualmente, 7,4 mil médicos cubanos atuam no
Brasil por meio do Mais Médicos.