A Federação Nacional dos Médicos convocou para hoje (8) mais um
dia de protestos "contra a precariedade da saúde pública e do
trabalho médico" no país. A ideia é que os sindicatos regionais
coordenem a suspensão parcial do atendimento no chamado Dia
Nacional de Protestos.
No Ceará, o sindicato orientou os profissionais das redes pública e
privada a paralisar o atendimento durante uma hora na tarde desta
terça-feira. Os médicos devem usar esse intervalo para conversar
com a população sobre o trabalho do médico e sobre as dificuldades
que encontram no serviço público.
A Fenam sugere que seus filiados usem hoje roupas ou faixas pretas,
em "alusão ao momento de luto vivido pela categoria", que já
fez muitas críticas e manifestações contra o Programa Mais
Médicos, instituído pelo governo federal para levar atendimento de
saúde às regiões mais carentes do país. Mais uma vez, a entidade
afirma que o programa configura simulação jurídica de ensino, ao
ofertar bolsa ao médico formado, em vez de salário e direitos
trabalhistas. Em substituição às medidas do Mais Médicos, a Fenam
propõe que o governo promova concurso público e crie uma carreira
de estado para o médico.
A federação escolheu esta data para a manifestação porque ser o dia
em que a Câmara dos Deputados programou a votação em plenário da
Medida Provisória 621, que instituiu o programa Mais Médicos.