Foram avaliadas 913 operadoras médico-hospitalares e 326
odontológicas. Entre as médico-hospitalar, 62% obtiveram notas
altas. Em 2010, o percentual foi de 32%
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta
quinta-feira (13) resultado do Índice de Desempenho da Saúde
Suplementar (IDSS), que avalia as condições e a qualidade da
prestação de serviço das operadoras de planos de saúde
médico-hospitalar e odontológico. Das 1.239 operadoras avaliadas em
2011, 735 tiveram bons resultados, equivalente a 59,3% do total. Em
2010, as operadoras com notas altas somavam 482 (31% de um total de
1.517).
O índice avalia a atenção à saúde, situação econômico-financeira
e estrutura e operação. A pesquisa, feita anualmente desde 2008,
passou a considerar também a satisfação do usuário, com base nas
reclamações que chegam à agência reguladora. A nota vai de 0 (pior
nota) a 1 (melhor nota).
No ano passado, foram avaliadas 913 operadoras
médico-hospitalares e 326 odontológicas. Entre as
médico-hospitalar, 62% obtiveram notas altas. Entre as
odontológicas, 53% estão no grupo com melhor desempenho. Em 2010,
os percentuais eram 32% e 29%, respectivamente As empresas com as
piores notas (0 a 0,19) representaram 1% entre as
médico-hospitalares, e 5% entre as odontológicas, conforme dados de
2011.
“As operadoras se qualificaram mais e atraíram mais
beneficiários para elas. O retrato é de aperfeiçoamento do setor.
Hoje, o consumidor tem ferramentas como a portabilidade, tem mais
acesso à informação e procura operadoras mais qualificadas”,
avaliou o presidente interino da ANS, André Longo.
Segundo a agência reguladora, nos últimos anos, o número de
operadoras diminui no país. Um dos motivos é o fechamento de
operadoras por baixa qualidade na prestação de serviços. Em 2011,
cerca de 190 operadoras foram fechadas. Em contrapartida, o
montante de usuários dos planos de saúde subiu de 58 milhões para
60 milhões, de 2010 para 2011.
Em 2011, as operadoras com melhor desempenho concentraram 76%
dos clientes.“Estamos muito distantes de um mercado concentrado,
mas temos que ponderar: precisamos garantir a qualidade sem que
haja concentração no mercado”, disse Longo.