O presidente do Sincor-SC, Auri
Bertelli, reagiu com firmeza à reportagem “Proteção
veicular em cooperativas é alternativa para diminuir custo com
seguro do carro”, publicada na última sexta-feira (29), pelo Diário
Catarinense. Em entrevista exclusiva ao CQCS, o dirigente
classificou a matéria como enganosa e afirmou que irá procurar o
veículo para esclarecer as diferenças entre proteção veicular e
seguro. “O problema é que a manchete induz o leitor ao erro, mesmo
que exista um contraponto ao longo do texto. Vamos fazer um contato
com o jornal para reforçar que proteção veicular não é seguro”,
destaca Bertelli.
Segundo a reportagem, a proteção
veicular já é ofertada por pelo menos 15 associações ou
cooperativas em Santa Catarina e “tem caído no gosto de quem deseja
se resguardar de um problema técnico, furto ou acidente envolvendo
o próprio carro”. O texto do Diário Catarinense informa que, no
Estado, já são 40 mil associados ou cooperados que dividem entre si
os custos do “seguro” do veículo em todos os tipos de prejuízo
material. “Entre aspas, porque esse tipo de negócio está à margem
do mercado das seguradoras. Por mais atrativo que seja, já que o
custo pode ser até 70% mais barato do que uma apólice convencional,
há especialistas que ponderam os riscos da modalidade”, ressalta a
repórter Gabriele Duarte, que assina a matéria.
Auri Bertelli enfatiza que tanto o
Sincors quanto a Fenacor vem enfrentando a situação das associações
e cooperativas, mas mostra preocupação com o cenário atual. “As
associações estão se proliferando pelo nosso Estado, assim como no
Nordeste, de uma forma que está difícil controlar. Sei que, daqui a
pouco, vão ter muitos consumidores sendo enganados”, diz.
Para o presidente do Sincor-SC, os
corretores de seguros devem ficar atentos à situação e informarem
sempre o Sindicato sobre a atuação de associações e cooperativas.
“Nós estamos denunciando para a Susep, fazendo contatos com
deputados e tentando de todas as formas impedir que esse problema
continue crescendo”, diz, concluindo: “Ficamos chateados e quase
desanimamos de tanto brigar, mas o Sincors e a Fenacor estão
combatendo a proteção a veicular, e continuaremos fazendo
isso”.