Que tal receber cerca de R$ 1.000
para dormir? Pergunte a um dos 12 mil funcionários da seguradora
americana Aetna, que criou um programa para incentivar seus
trabalhadores a descansar no escritório. A ideia é garantir que
todos atingirão sete horas de sono por dia, o que garante a
presença do local de trabalho e a melhor tomada de decisões,
afirmou o presidente da empresa, Mark Bertolini, ao site do Forum
Econômico Mundial.
A complementação pode ser feita nos
pufes da firma. Para cada 20 noites que o empregado dorme sete
horas ou mais, a empresa paga US$ 25. O montante é limitado a US$
300 por ano. Com o dólar a cerca de R$ 3,3, um empregado poderia
receber até R$ 990 por ano.
O “turno do travesseiro” pode ser
registrado pelos funcionários — a empresa aposta na honestidade
deles — ou acompanhado por meio de equipamentos específicos.
O sistema envolveu 12 mil dos 25
mil trabalhadores da firma no ano passado.
A iniciativa da seguradora se apoia
em estudos como o publicado recentemente pela Harvard Medical
School, no qual 96% dos altos executivos entrevistados admitiram
esgotamente em algum nível. Um terço deles descreveu suas condições
como extremas. O trabalho sugere que devido à pressão constante
para ficar disponível 24 horas por dia sete dias por semana, as
pessoas estão deixando de dormir. Só que isso é ruim para a saúde e
para os negócios.
Nos Estados Unidos, o Instituto
Nacional de Saúde recomenda que os adultos durmam entre sete e oito
horas por noite para evitar os efeitos negativos da privação de
sono, que pode levar a problemas de saúde crônicos e afetar a
capacidade de pensar, reagir, trabalhar e aprender. Daí que a
“Harvard Business Review” recomenda às empresas que encoragem suas
equipes a terem boas noites de sono, com programas de aprendizado
sobre a importância do descanso, avaliações e recompensas para quem
se dá bem com o travesseiro.