As redes sociais são um dos meios
preferidos dos criminosos virtuais e, basicamente, há duas razões
que explicam o interesse deles em sites como Facebook, Twitter ou
Instagram: o gigantesco número de usuários e o fato de essas
plataformas aceitarem aplicativos de software aberto.
Isso quer dizer que qualquer
programador mais ou menos experiente pode escrever um código
malicioso com o qual consegue enganar usuários. Veja abaixo quatro
golpes que estão circulando na internet — e como não cair
neles.
1. Cupons de
desconto
Desconfie se um dia lhe
oferecerem cupons de desconto de US$ 500 (R$ 2,000) em troca de
resposta a questionários. É o que aconselha a empresa de segurança
de internet Kapersky Lab.
Quem está por trás desses golpes
normalmente usa como isca o nome de empresas conhecidas, incluindo
a criação de páginas inteiramente fictícias para conferir maior
veracidade às campanhas.
A estratégia costuma ser sempre a
mesma: os hackers pedem que o usuário responda a um questionário,
depois que o compartilhe, e, por último, solicitam seus dados
pessoais para lhes enviar um suposto cupom de desconto.
O benefício, entretanto, nunca
chega, e o usuário acaba tendo de pagar uma fatura mais elevada de
cartão de crédito no final do mês.
2. Solicitações de
'phishing'
"Alguém acaba de publicar
uma foto sua", diz uma mensagem que aparece nas notificações do
perfil do usuário nas redes sociais.
Para ver a imagem em questão, o
usuário clica no link, que, em seguida, o leva à página inicial do
Twitter ou do Facebook. Ali ele coloca seu nome de usuário e
senha. E ao fazer isso, um hacker obtém seus dados pessoais,
porque a página de acesso às redes sociais era falsa.
3. Mensagens de voz no
WhatsApp
Outro golpe comum envolve mensagens
de voz no WhatsApp. Usuários recebem emails dizendo que um de seus
contatos deixou uma mensagem de voz no aplicativo e um convite para
acessá-la. Na verdade, trata-se de uma fraude, advertem os
especialistas da Kapersky Lab.
Ao cair no golpe, o usuário abre as
portas para um malware que se instalará em seu equipamento. O
próprio WhatsApp adverte que se trata de um golpe.
Em sua página na internet, a
empresa esclarece que não envia mensagens de texto nem emails, a
não ser que o usuário tenha entrado em contato com o suporte
técnico anteriormente.
4. Notificações de
envio de remessa
Trata-se de um sistema
similar ao da fraude dos cupons de desconto. O usuário recebe
uma mensagem em nome de uma empresa de envio de remessas
notificando-lhe sobre uma encomenda. Nesse caso, o arquivo em
anexo provavelmente contém um código malicioso.
Para não cair nesse golpe,
especialistas recomendam confirmar o remetente, pois normalmente os
dados são falsos e não correspondem aos da empresa de envio de
remessas. Quanto ao resto, a Kapersky Lab aconselha ter cautela e
desconfiar sempre de promoções e de concursos virtuais.
Eles também advertem conferir o URL
da página a qual está atrelada a promoção. Se o link estiver
cortado ou contiver erros ortográficos, trata-se de uma fraude. A
Norton, divisão de antivírus da empresa de segurança na internet
Symantec, recomenda não incluir informações pessoais como e-mail ou
número de telefone ao criar ou atualizar o perfil em uma rede
social.
Além disso, especialistas em
segurança na internet aconselham ter cuidado com e-mails sobre o
suposto fechamento de contas do Facebook ou do Hotmail; sobre morte
de alguma celebridade, sobre pedidos de doação, e sobre qualquer
outra solicitação que requer nome de usuário e senha.