Nos últimos anos, o segmento de
reposição de peças automotivas apresentou um crescimento
expressivo. Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação (IBPT) mostram que, somente em 2014, o setor movimentou
R$105,84 bilhões, quase dois bilhões a mais do que em 2013 – quando
o faturamento foi de R$ R$ 104,03 bilhões.
Com a queda no número de vendas de
automóveis, este mercado tem despertado a atenção das montadoras e
varejistas para atender à necessidade de manutenção dos veículos,
que hoje saem de fábrica com uma variedade de acessórios.
Atualmente, cerca de
314.900 empresas atuam no mercado de reposição automotiva
no País, sendo 59,98% do total corresponde a comércios atacadista e
varejista de peças, partes e acessórios novos para veículos. 36,5%
oficinas mecânicas e 3,52% são os estabelecimentos de atacadistas e
varejistas de veículos novos.
De acordo com o presidente do
Conselho Superior e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz
do Amaral, as montadoras representam 8,22% do faturamento da
reposição, comercializando para as concessionárias de
veículos.
“Já os distribuidores atacadistas
faturam 31,46% deste mercado, ao vender para as empresas
varejistas, oficinas e frotistas. O mercado varejista, que faz a
venda diretamente para os proprietários dos veículos ou para as
companhias seguradoras, fica com a maior fatia, o equivalente
a 60,32% do faturamento do mercado da reposição” afirma Amaral.
O executivo observa que, com uma
carga tributária média de 39%, muitas empresas do segmento têm
recorrido aos incentivos fiscais oferecidos em alguns estados para
reduzir o peso dos tributos nas vendas. Esta redução tem chegado a
quatro pontos percentuais.