O mercado segurador manteve a
trajetória de alta nas vendas em janeiro, ignorando ainda os
efeitos da desaceleração da economia esperada para este ano. Os
prêmios diretos alcançaram R$ 8,027 bilhões em janeiro, alta de
2,17% sobre o montante gerado no mesmo período de 2014, de R$ 7,8
bilhões, segundo dados divulgados pela Superintendência de Seguros
Privados (Susep).
O resultado positivo já era
esperado pelas principais lideranças e autoridades do mercado, como
o presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, e o superintendente da
Superintendência de Seguros Privados (Susep), para quem o mercado
segurador continuará entre os setores econômicos com perspectivas
de apresentar maior crescimento neste ano.
Os dados da Susep mostram também
maiores repasses das seguradoras para as resseguradoras. Tanto que
as receitas das resseguradoras totalizaram R$ 567 milhões em
janeiro deste ano, evolução de 74,4% sobre os 325 milhões do
primeiro mês de 2014.
Além de avanço na transferência de
riscos para as resseguradoras, as companhias de seguros registraram
maiores desembolsos por pagamento de sinistros ocorridos em
janeiro. O total pago foi de R$ 4,074 bilhões em janeiro, montante
que representou avanço de 13,1% sobre os desembolsos do mesmo mês
de 2014.
As seguradoras conviveram também
com aumento das chamadas despesas comerciais neste ano. Em janeiro,
tais despesas somaram R$ 1,695 bilhão, cifra que teve um acréscimo
de 8,7% sobre o que foi desembolsado no mesmo mês de 2014.
Embora considere o ano de 2015 tão
ou mais complexo quanto 2014, o presidente da CNseg, Marco Antonio
Rossi, disse que o setor fechará o ano no terreno positivo. “O ano
está começando, mas não há qualquer sinalização de que ocorrerá
mudança no viés de alta do mercado”, afirmou ele, recentemente.
Segundo Rossi, além da continuidade
da expansão esperada por algumas modalidades, como seguros
pessoais, saúde suplementar, previdência privada e o residencial,
por exemplo, as seguradoras podem oferecer novos produtos para
nichos cuja demanda por apólices é reconhecidamente reprimida.
“Independente do cenário econômico, não há dúvida de que o mercado
segurador estará no top das áreas de maior crescimento do País”,
assegurou ele.