Depois de uma queda no ritmo de
crescimento por três anos consecutivos, a arrecadação de Impostos
Sobre Serviço (ISS) ligada ao turismo paulistano deu sinais de
recuperação em 2014.
Foram recolhidos R$ 270,8 milhões
no período, uma alta de 7,3% em relação a 2013, segundo a SP Turis
(empresa de turismo e eventos do município). No ano anterior, o
valor havia crescido 6,9%.
|
Editoria de Arte/Folhapress |
|
|
O montante inclui, entre outros
segmentos, agências de viagens, passagens, reservas e hospedagens
em hotéis, motéis e albergues, além da organização e administração
de eventos e festas.
“O crescimento do último ano não é
atribuído somente à Copa do Mundo, mas também à maior permanência
de turistas na cidade, o que deve se manter como tendência”, diz
Wilson Poit, secretário de Turismo do município e presidente da SP
Turis.
Em média, os viajantes passaram 4,5
dias em hotéis na capital. Entre os estrangeiros, o número sobe
para 8,3.
Os consumidores de outros países
também foram os que mais gastaram: R$ 591 por dia, enquanto os
brasileiros residentes em outras cidades desembolsaram
aproximadamente R$ 511.
“Além de Carnaval, Parada Gay e
Fórmula 1, eventos que seguram os viajantes por mais tempo, São
Paulo também é atraente pelo turismo de compras e pela grande
variedade gastronômica.”
O turismo de negócios se manteve
predominante em 2014, com 51,4% do total.
*
Crescimento a
laser
A rede de consultórios
odontológicos Ortoplan, voltada para os públicos B e C, vai se
fundir com uma concorrente para ampliar seu plano de expansão no
Brasil e na América Latina.
A meta é atingir o número de 200
clínicas em funcionamento no país, na Argentina, no Chile e no
Paraguai.
|
Karime Xavier/Folhapress |
|
|
Faisal Ismail, presidente de rede
de consultórios odontológicos |
Hoje, a empresa possui 44 operações
nacionais e três no vizinho paraguaio.
O nome da futura sócia ainda não
pode ser divulgado por questões contratuais.
“O mercado de fusões e aquisições
nesse setor não é muito explorado no país. Optamos por essa
alternativa por se tratar de uma empresa que compete conosco e tem
estratégias a agregar”, diz Faisal Ismail, presidente da rede
paranaense.
Das 153 novas unidades, a companhia
prevê que cerca de 80 sejam erguidas do zero. O restante seria
conversão da clínica sócia para a bandeira da Ortoplan.
A atuação no país também passará a
ser mais bem distribuída. Atualmente, a empresa atua em oito
Estados, com maior concentração no Sul e no Sudeste.
“Além de Foz do Iguaçu, passaremos
a ter outras duas bases de operação e de treinamento, uma em
Campinas e outra na região Nordeste.”
Cada rede terá 50% de participação
no capital da empresa. O processo deverá ser concluído em março, de
acordo com Ismail.
R$ 50 mil a R$ 200
mil é o investimento médio necessário para abrir um
consultório da marca
330 é o
número de funcionários da Ortoplan no Brasil e no Paraguai
18 é o número
de unidades que a empresa pretende ter em operação no Paraguai
30 serão os
pontos abertos em outros países entre 2015 e 2016, dos quais 12 no
Chile e 18 na Argentina
*
Venda de seguro de pessoas
será menor do que o projetado
O crescimento do setor de seguros
de pessoas ficará abaixo do esperado em 2014.
Entre janeiro e novembro, a alta
nos prêmios (valor pago pelos segurados às seguradoras para
contratar coberturas) foi de 6,02% na comparação com o mesmo
período de 2013.
Editoria de Arte/Folhapress |
|
“Projetávamos algo próximo dos dois
dígitos”, afirma Lúcio Flávio, vice-presidente da FenaPrevi
(Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).
“Mas foi um ano difícil, com
características peculiares: Copa e eleições. A atividade seguradora
acompanha a econômica. Como crescemos acima do PIB, podemos
considerar o resultado positivo”, acrescenta.
A comercialização de apólices para
grandes empresas e indústrias (que precisam assegurar seus
funcionários) estão entre as que registraram pior desempenho, de
acordo com o executivo.
Para 2015, a expectativa é que o
incremento fique entre 7% e 10%.
“Estamos um pouco mais otimistas.
Var ser difícil também, mas por outros motivos. Será um ano de
redirecionamento da economia”, diz.
“O potencial do mercado é grande,
mas é preciso modificar questões culturais. O brasileiro ainda não
vê o seguro de vida como um patrimônio, um investimento de logo
prazo.”
*
Dados estratégicos
ordenados
Mais da metade (53,5%) dos
diretores de vendas do Brasil ouvidos para uma pesquisa da
consultoria Accenture afirma que as metas estabelecidas para 2015
serão cumpridas.
O desempenho dos executivos
brasileiros, porém, ficou abaixo da média global do levantamento:
58,8%
“O resultado poderia ser melhor se
as companhias tivessem feito mais investimentos para entender quais
são os mercados em que precisam focar”, diz Santiago Ambroggio,
diretor-executivo da consultoria.
A pouca utilização de bancos de
dados para conhecer as necessidades de clientes ou identificar
novas oportunidades de negócios também deixou o Brasil atrás da
média. No mundo, 30% das empresas analisam informações de clientes,
contra 4% das brasileiras. “O Brasil, como os demais países
emergentes, não tem cultura de dados. Perde-se muito dinheiro.”
Pouco mais de 60% dos brasileiros
entrevistados pretende aumentar as contratações no setor de vendas.
O estudo ouviu 1.200 pessoas.