Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS)
revelam que quase 40% da população mundial sofre de halitose,
também conhecida popularmente como mau hálito. O número pode
parecer um exagero, mas a grande maioria das pessoas simplesmente
desconhece que sofre com esse problema.
Em
90% dos casos a halitose está relacionada à existência de cáries e
a má higiene bucal. Porém, o problema pode ter sua origem associada
a doenças respiratórias, como a sinusite e amidalite; com
complicações digestivas, casos de erupção gástrica, dispepsia,
neoplasias e úlcera; ou até mesmo devido ao mau funcionamento do
metabolismo, o que envolveria enfermidades febris, alterações
hormonais e até mesmo estresse.
“A
halitose nada mais é que uma alteração desagradável do hálito,
geralmente causada por uma mudança nas condições fisiológicas. Se
deve principalmente ao acúmulo de restos alimentares nos espaços
das próteses fixas e móveis (dentaduras), entre os dentes e também
no dorso da língua, local que muita gente deixa de escovar”,
explica o Dr. José Henrique de Oliveira, cirurgião dentista e
diretor do INPAO Dental.
Um
bom exemplo de alteração nas condições fisiológicas acontece à
noite, quando naturalmente ocorre uma diminuição do fluxo salivar.
Com isso, a proliferação de bactérias na boca que fermentam restos
alimentares aumenta, causando mau hálito ao acordar.
“A
melhor forma de prevenção é escovar corretamente os dentes após as
refeições, principalmente à noite, antes de dormir. A utilização de
fio dental e a limpeza da língua são fundamentais para evitar
qualquer acúmulo de restos de comida. Já o uso de enxaguante bucal
é apenas um paliativo, porque não atua diretamente na causa do
problema”, afirma.
Outras medidas também podem ser tomadas para
atenuar as causas da halitose. A ingestão de água com frequência e
o consumo de alimentos com fibras contribuem para a limpeza da
boca, assim como a redução de comidas gordurosas, cigarros, café e
frituras.
“Também é muito importante visitar regularmente
um cirurgião dentista. Primeiro porque ele é capaz de realizar uma
limpeza mais profunda, principalmente da placa bacteriana e do
tártaro, fatores que contribuem para a halitose. Em segundo lugar,
o profissional pode detectar e tratar outras situações que podem
causar o mau hálito, como uma gengivite ou próteses e restaurações
com algum problema de fixação, por exemplo”, finaliza o Dr.
José.
Vale
lembrar que se essas ações não derem resultado, é recomendável que
a pessoa consulte um médico para ter certeza de que o seu mau
hálito não está relacionado a um problema mais grave.