Empresa deverá comprovar que
pacientes autorizaram passar por tratamento experimental e que as
autoridades sanitárias foram comunicadas
O Procon-SP notificou hoje (17/9) a
operadora de Saúde Prevent Senior pedindo explicações a respeito
das denúncias sobre aplicação de tratamento experimental em seus
pacientes e ocultação de informação de mortes em estudos para
testar a eficácia do chamado kit covid, com medicamentos como
cloroquina, ivermectina, azitromicina e sessões de ozonioterapia no
tratamento da covid-19.
A empresa deverá apresentar a
íntegra do estudo citado na denúncia, demonstrar sua conclusão e
comprovar que os pacientes, ou seus responsáveis legais, foram
alertados sobre os riscos do tratamento e concederam autorização
para fazerem parte do estudo e passarem pelo tratamento.
O Procon-SP também quer que a
operadora demonstre que comunicou previamente as autoridades
sanitárias que os pacientes com covid-19 (ou com a suspeita da
doença) seriam submetidos a esse procedimento.
Deverá também informar quantas
pessoas foram submetidas ao tratamento, qual o período de duração
do estudo e do tratamento, quantas pessoas morreram durante o
estudo e quais as causas declaradas dos óbitos.
"A Prevent não pode adotar um
tratamento ainda não cientificamente comprovado sem informar os
pacientes de todos os riscos e da incerteza do prognóstico. Ao
fazê-lo abusou da idade, inexperiência e falta de conhecimento do
consumidor, deixando de passar informação essencial. Se de fato a
empresa agiu deste modo, incorreu em prática abusiva", afirma
Fernando Capez, diretor-executivo do Procon-SP.
A empresa já recebeu a notificação
e tem sete dias, a partir da próxima segunda-feira (20), para
responder aos questionamentos.