A presidente do Chile,
Michelle Bachelet, presidirá uma comissão de alto nível convocada
pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para propor soluções
que ampliem o acesso e a cobertura de saúde na região das Américas
até 2030, sem deixar ninguém para trás.
A presidente do Chile, Michelle
Bachelet, presidirá uma comissão de alto nível convocada pela
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para propor soluções que
ampliem o acesso e a cobertura de saúde na região das Américas até
2030, sem
deixar ninguém para trás.
Bachelet foi convidada por Carissa F.
Etienne, diretora da OPAS, escritório regional da Organização
Mundial da Saúde (OMS), para ficar à frente da Comissão de Alto
Nível do Fórum Regional “Saúde Universal no Século 21: 40 anos de
Alma-Ata”.
“Sua liderança e compromisso é chave
se quisermos empoderar as pessoas e as comunidades na busca da
igualdade e da realização do direito à saúde”, disse Etienne a
Bachelet na segunda-feira (5), durante a sessão inaugural, da qual
a presidente chilena participou virtualmente.
Quatro décadas depois da Declaração de
Alma-Ata, que defendia a saúde para todos até o ano 2000, 30% da
população da região não tem acesso ao atendimento de saúde por
motivos econômicos e 21% não recebe atendimento devido a barreiras
geográficas. A saúde universal, que é a expressão de Alma-Ata no
século 21, “é possível e necessária”, afirmou Etienne, e considerou
que avançar rumo a ela exige um esforço especial, com foco nas
populações em condição de vulnerabilidade.
Nos últimos anos, os países da região
conseguiram avanços e implementaram diversas transformações em seus
sistemas de saúde para que sejam mais inclusivos e cheguem às
pessoas que precisam deles. O trabalho da comissão visa a acelerar
essas transformações, incluindo a sociedade civil no desenho,
implementação e supervisão das políticas e planos de saúde criados
para ela. A expectativa é de que isso contribua para alcançar a
saúde universal até 2030, como estabelecido pelos países na Agenda
2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
“Devemos dar resposta com urgência aos
principais desafios atuais em saúde”, como o envelhecimento
acelerado da população e as doenças não transmissíveis, disse
Bachelet, chamando a atuar com maior decisão e impulsionar
políticas que permitam enfrentar as desigualdades em matéria de
saúde e incluir os grupos mais vulneráveis, porque, segundo ela,
não abordar esse tema significa renunciar como região à
possibilidade de alcançar um desenvolvimento sustentável.
A comissão produzirá um relatório com
recomendações para melhorar o desempenho dos sistemas de saúde,
incluir aqueles que ainda estão excluídos, empoderar as comunidades
e melhorar a participação social nas decisões que afetam a saúde,
com o objetivo de avançar para a saúde universal na região.
Além de Bachelet, a comissão é formada
por representantes de organismos internacionais, governo, sociedade
civil e academia de mais de dez países da região.