Não é de hoje que a situação do
Pronto-Socorro causa revolta e desespero na população que necessita
de atendimento público de urgência e emergência em Cuiabá. E com o
passar dos anos, o problema vem se agravando, com o caos tomando
conta dos corredores da unidade médica por conta da
superlotação.
A esperança em que a população
se agarra agora é a inaguração do novo Pronto-Socorro, prevista
para este ano.
O cirurgião pediátrico Osvaldo Mendes,
que já foi por duas vezes diretor da unidade de saúde e atua na
saúde pública de Cuiabá há 36 anos, teme que após a inauguração do
novo Pronto-Socorro, fechem-se as portas do antigo.
"Nós estamos falando muito da
inauguração desse novo Pronto-Socorro, que deverá ter precisamente
300 leitos. O atual, sem contar as macas, tem 315 leitos. Agora, se
você ativar o novo e desativar o antigo, vai acontecer somente uma
transferência de maca", afirmou.
Mendes ainda faz um relato
dramático de que quem vivencia o dia a dia do maior hospital
público de Cuiabá, com pacientes nos corredores à espera de
atendimento. "É um amontoado de
gente, uma condição desumana. Se você for lá, é um inferno",
lamenta.
Leia os principais trecho da
entrevista:
MidiaNews – O senhor atua
há 36 anos na saúde pública de Cuiabá. Os problemas continuam os
mesmos, diminuíram ou agravaram neste período?
Osvaldo Mendes
– Eu entendo que estão se agravando. Porque, na
verdade, a saúde pública não está piorando unicamente em Mato
Grosso, mas em todo Brasil, como vocês sabem e é de conhecimento de
todo mundo. Mas está agonizando agora porque, com essa questão dos
hospitais privados [filantrópicos] - cujos serviços são comprados
pelos governos federal, estadual e municipal - com esse problema de
informação e contrainformação, isso vai se agravando. Só para você
ter uma ideia: a gente está correndo risco de perder, neste exato
momento,100 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Mato
Grosso. Isso vai prejudicar bastante. Eu estou falando só da
compra, do Hospital Geral, Santa Helena, Hospital Metropolitano...
Então, só com isso, você já viu a queda que iria ter. Isso vai
repercutir bastante na questão da assistência.
E algumas outras coisas. Por exemplo:
nós estamos falando muito da inauguração desse novo Pronto-Socorro,
que deverá ter precisamente 300 leitos. O Pronto-Socorro atual, sem
contar as macas, tem 315 leitos. Agora, se você ativar esse novo
Pronto-Socorro e desativar o antigo, vai acontecer somente uma
transferência de maca. Porque tem que haver um hospital com leito
de retaguarda para os pacientes crônicos e as urgências que estão
esperando cirurgia, que podem ficar nesse Pronto-Socorro antigo. Se
não for assim, vamos ter somente transferência de maca.
MidiaNews – Então o senhor
acredita que se os dois prontos-socorros ficarem abertos, toda a
demanda será atendida?
Osvaldo Mendes
– Sim. Resolve inclusive o problema da dignidade da
população, porque ela terá leito e não maca. Porque nós teremos um
aditivo de leitos. Então quer dizer: 300 leitos do Pronto-Socorro
novo mais 315 do antigo dá 615 leitos. Assim os pacientes que estão
aguardando - que são de urgência e não emergência - vão ficar pelo
menos com dignidade, terão um tratamento mais digno. Agora a
questão que tem que ser resolvida é a dos hospitais cujos serviços
são comprados [pelo poder público]. E eu tenho uma série de
informações de que houve acordo com o secretário estadual anterior
[João Batista Pereira da Silva] e que houve umas contrainformações
que não estão batendo. Tipo: “Olha, eu vou te pagar com 30 dias”. E
esses 30 dias passaram para 90. A gente entende a conjuntura do
Estado. Isso não é só o Governo, a Prefeitura está envolvida nisso.
Então ninguém aguenta um atraso de 90 dias ou mais. Porém foi
proposto que seria pago em 30 dias pelo secretário anterior.
MidiaNews – Esse problema com
os hospitais filantrópicos, que chegaram a suspender alguns
serviços recentemente por falta de recursos, está afetando o
Pronto-Socorro?
Alair Ribeiro/MidiaNews
''Nós não temos hospitais públicos que dêem
suporte a essa demanda''
Osvaldo Mendes
– Com certeza! Nós não temos hospitais públicos que
dêem suporte a essa demanda. Óbvio que os hospitais cujos serviços
são comprados pelo poder público são de fundamental importância. E
nesse momento o Estado não pode prescindir destas unidades.
MidiaNews – O senhor pode
fazer um diagnóstico do Pronto-Socorro de Cuiabá
atualmente?
Osvaldo Mendes
– A gente vive um momento muito ruim, realmente
piorou muito. Porque a gente tem uma carência. Além do espaço
físico, que é inadequado, temos uma carência absurda de insumos
básicos. E eu vou citar um exemplo, que é a gaze, que é coisa
básica. Há dias em que não tem. Há dias em que a gente pergunta
qual o antibiótico do dia. Então é uma carência, sim! E não adianta
apontar culpados. Eu acho que se há um desacordo entre a União, o
Governo e a Prefeitura, há de se sentar numa mesa e colocar isso
muito claro, porque quem está sofrendo, em última instância, é a
população.
MidiaNews – É um tratamento
que o senhor considera desumano?
Osvaldo Mendes
– Muito [desumano]! Eu acho que não há ninguém neste
mundo que queira que qualquer familiar ou qualquer parente ou amigo
fique internado num hospital, dentro de uma maca. Isso induz a
erro, porque não tem nem como o profissional trabalhar num paciente
que está em maca. Obviamente isso induz a erro.
MidiaNews – No ano passado, o
prefeito Emanuel Pinheiro anunciou uma medida bastante polêmica,
que era mandar de volta para seus Municípios os pacientes que não
são de emergência. O que mudou depois daquela medida?
Osvaldo Mendes
– Não mudou nada. Ele jogou para a plateia. O cidadão
brasileiro paga imposto em qualquer lugar em que esteja, seja
Cotriguaçu ou Cuiabá. Ele tem o direito constitucional de ser
atendido em qualquer lugar desse País. O SUS [Sistema Único de
Saúde] é universal. Na verdade, ele não pode fazer isso, transferir
um paciente à revelia. O que tem que fazer é aquilo que sempre
falei: criar leitos de retaguarda. Esses pacientes que estão
esperando uma cirurgia, ou que estão cronificados, têm que ter um
leito para que aguardem uma cirurgia ou tratamento melhor. E esses
tratamentos são dados efetivamente nos hospitais filantrópicos. E
esses hospitais são essenciais para que a rede funcione.
E isso não vai acontecer muito porque
Cuiabá é uma Capital, e na Capital é onde se concentram os grandes
especialistas. Você não vai encontrar um neurocirurgião em
Cotriguaçu, por exemplo. E mesmo que você encontre, ele não vai
fazer absolutamente nada, porque o profissional precisa de
condições de trabalho para exercer a função. E a Capital é o centro
das especialidades, e é para cá que o paciente virá sempre. Isso
não vai desaparecer nunca.
MidiaNews – O senhor pode
fazer uma comparação do que tem sido o Pronto-Socorro na
administração Emanuel Pinheiro com as outras administrações? O que
melhorou e o que piorou?
Osvaldo Mendes
– Não, efetivamente não melhorou. O que melhorou
muito atualmente - e isso é um avanço inquestionável - é essa
questão dos hospitais regionais. Porque, com os hospitais regionais
funcionando, apareceram algumas especialidades que não existiam no
interior. Por exemplo, Colíder, que tem um hospital com UTI
pediátrica e de adulto. Então isso diminuiu bastante o fluxo nessas
especialidades em Cuiabá, ou desses pacientes que necessitavam
desse serviço. Aí temos também o hospital de Cáceres, Alta
Floresta... Mas a piora foi em termos de investimentos e estrutura.
Piorou muito. E a gente tem que ver que a saúde depende muito do
ambiente. Por exemplo, a violência. Como aumentaram os acidentes de
trânsito, como a população está envelhecendo e tendo doenças que
não são previsíveis, aumentou bastante essa clientela. Além, é
claro, de uma conjuntura econômica ruim, em que as pessoas estão
abandonando os planos de saúde e indo para o serviço público.
MidiaNews – O senhor poderia
falar mais sobre a falta de insumos no Pronto-Socorro. Qual a pior
situação vivida lá dentro hoje?
Osvaldo Mendes
– Muitas vezes acontece, de, por exemplo, um paciente
que tem um cálculo na vesícula e necessita ser operado. Ele pode
ter uma inflamação e precisa dessa cirurgia. E para isso você tem
que tratar clinicamente, para depois encaminhar para fazer a
cirurgia. Então esse paciente fica lá, porque surge dificuldade
para a transferência. E piorou bastante agora com o problema dos
hospitais cujos serviços são comprados. Em função disso, ocupa-se
uma maca, não é nem leito. Então é um amontoado de gente, é uma
condição desumana. E isso piorou muito dentro do Pronto-Socorro.
Isso piorou muito. Se você for lá, é um inferno. E agora eu, que já
fui diretor do Pronto-Socorro, nunca na minha vida proibi a entrada
de qualquer profissional [de imprensa] para ver essa realidade. Não
adianta esconder. É uma realidade nua e crua. Se vocês tiverem
contato com qualquer pessoa que esteja lá, vocês vão ver a
desumanidade que é ter um paciente, muitas vezes idoso, em cima de
uma maca. E não há a menor chance hoje de não ter maca. Não adianta
inventar a roda. E esse Pronto-Socorro novo não vai resolver o
problema se desativarem o velho. Porque são 300 leitos do novo e
315 do velho. Se você desativar o velho, o déficit de leitos será
maior ainda.
Alair Ribeiro/MidiaNews
''E esse Pronto-Socorro novo não vai
resolver o problema se desativarem o velho''
Estou escutando uma conversa de que
será criado um hospital materno-infantil [onde hoje é o
Pronto-Socorro velho]. Isso é “balela”. O que tem que se fazer é
usar o hospital velho como leito de retaguarda e aproveitar o novo
para que se faça atendimento e tenha maior agilidade nas resoluções
de casos. E outras políticas públicas como a diminuição da
violência no trânsito, por exemplo. Eu acho que radar nas ruas é
fundamental. Porque ele educa, se não por bem, educa pelo bolso. E
diminuir a violência. Eu acho que a polícia de Mato Grosso está
fazendo um bom trabalho.
Para se ter uma ideia, hoje em Cuiabá
nós temos cerca de 10 a 15 acidentes de moto por dia. São pacientes
que machucam geralmente joelho e cabeça. Um doente que é
cronificado e precisa de internação. Esse é um problema de saúde
pública, que a estrutura não dá conta, porque a emergência é feita,
mas a urgência não. Porque é um doente que fica na fila aguardando
os hospitais cujos serviços são comprados.
MidiaNews – No ano passado, o
Ministério Público do Estado abriu um inquérito para investigar a
falta de profissionais no Pronto-Socorro de Cuiabá. Isso ainda
acontece?
Osvaldo Mendes
– Acontece nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento).
Se você for a qualquer UPA, vai ver que há dois ou três
profissionais para atender 150, 200 ou 300 pessoas. O que acontece
é que, como não existe mais a porta de entrada, estão querendo
tirar isso do Pronto-Socorro, dá nisso, na superlotação das UPAs.
Então o cidadão que chega nessas unidades demora pelo menos de três
a quatro horas. Além de tudo, são poucos profissionais para que
seja resolvido o problema. Se as UPAs tivessem mais profissionais,
com certeza ia diminuir bastante o fluxo no Pronto-Socorro de
Cuiabá.
MidiaNews – A falta de
profissionais nas UPAS é por questões salariais? Ou falta controle
de ponto?
Osvaldo Mendes
– Eu acho que por falta de profissional, sim! E há
outro problema. Eu vejo que o que acontece é que os profissionais
com maior experiência normalmente estão saindo, mas o pessoal que
está se formando é o perfil dos profissionais que estão nas UPAs. E
isso é uma questão de vivência, você aprende com o tempo. É igual
dirigir. O ato de dirigir se aprende com a experiência do
dia-a-dia. Então quanto mais experiência você tiver – e isso é mais
diretamente proporcional à idade –, mais você vai ter noção das
coisas. E muitas vezes - com todo o respeito que eu tenho com os
profissionais da saúde –, ele não tem ainda a experiência
suficiente para determinar o que é uma urgência e o que é uma
emergência. Esse é um fato concreto.
MidiaNews – As UPAs ajudaram a
desafogar o Pronto-Socorro?
Osvaldo Mendes
– A finalidade da Unidade de Pronto-Atendimento é
justamente a atenção secundária. E com isso diminuiu bastante [a
demanda no PS]. Mas por outro lado, não deu para tirar a
superlotação. Então quanto mais UPAs houver, teoricamente vai haver
diminuição no fluxo de pacientes no Pronto-Socorro.
MidiaNews – Essa crise nos
hospitais filantrópicos está afetando muito a Saúde em Cuiabá, não
é mesmo?
Osvaldo Mendes
– Eu não vejo mais como prolongar essa crise. Eu acho
que o tem que ser feito é colocar o papel em cima da mesa e ver o
que foi acertado. E acho ainda que é muito pesado colocar culpa
unicamente no Governo do Estado. Houve um acordo. Eu tenho
conversado com os diretores dos hospitais filantrópicos e o que
acontece é que houve um acordo com o secretário anterior, tanto do
Estado quanto do Município. E que se aumentou primeiro a diária da
UTI para R$ 1.500. E veio outro secretário e diminuiu para R$
1.200. E, segundo a direção destes hospitais, isso causou um
transtorno. Além disso, prolongou-se o pagamento - que era feito em
30 dias - para ser feito com 60 dias ou 90. Isso causou um
transtorno danado. E ainda vai ser um problema muito grave, porque
há uma ameaça concreta desses hospitais pararem de atender.
MidiaNews – Como vê a política
de gestão de hospitais por meio das OSSs (Organizações Sociais de
Saúde)?
Osvaldo Mendes
– Não tenho absolutamente nada contra. Acho que,
quando você compra um serviço, quem paga é o gestor. Então você
está comprando o serviço e você diz :“Eu quero assim e assado”.
Então esse viés ideológico eu não tenho. Não acho que o fato de
você terceirizar um serviço vai derrubar a qualidade. Agora, o que
eu vejo é que você não pode assumir tudo. Eu acho que tem OSS séria
e tem OSS que depende do gestor. Se eu vou contratar um serviço, eu
que estou pagando, então que seja pago um preço justo. Portanto o
problema não são as OSSs, o problema é o gestor.
MidiaNews – Dias atrás, em
entrevista ao MidiaNews, o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos
disse que saúde pública universal e gratuita no Brasil é
utopia. E que nem os Estados Unidos, a nação mais rica do
Mundo, têm um SUS. O que o senhor acha dessa
declaração?
Osvaldo Mendes
– Acho que não é assim. Acho que o que ele está
falando é de assistência, porque a saúde é universal. A vacina, por
exemplo, está nos postos e unidades de pronto-atendimento. O que
ele deve estar falando é da assistência. Eu acho que a gente paga
uma carga tributária muito grande para ter pelo menos as coisas
básicas. Eu sou a favor do estado mínimo, que te favoreça na saúde,
na educação e na segurança. Com essa carga tributária, que é uma
das maiores do mundo, acho que o cidadão tem direito sim a uma
assistência digna. A gente paga imposto para ter uma saúde de
qualidade, uma educação de qualidade e gratuita para todo mundo.
Então não concordo com ele. Acho é que está faltando investimento
maciço na saúde.
MidiaNews – Também em
entrevista ao MidiaNews, o promotor Alexandre Guedes, que atua na
área de Saúde, disse que um dos grandes problemas da rede em Cuiabá
é a atenção básica. O senhor concorda que o setor seja
falho?
Osvaldo Mendes
– Concordo. Precisa haver prevenção. Nós temos
doenças que não têm cura, como hipertensão e diabetes. Então o que
você tem que fazer é política de prevenção, mas não prevenção para
que evite a doença. Isso não existe. O que deve ser feito é evitar
as complicações dessas doenças. E isso é saúde pública, isso é
saúde preventiva. Deve-se prevenir as complicações da doença. Acho
que a saúde melhorou muito na atenção primária porque a população
tomou conhecimento de muita coisa que faz bem pra ela. Por exemplo:
diminuiu o sal, começou a fazer atividades físicas. E o gargalo
está em outras questões: na violência no trânsito, doenças crônicas
ou da própria idade, por exemplo.
MidiaNews – O senhor pode
fazer uma avaliação da atuação da secretária de Saúde de
Cuiabá, Elizeth
Araújo, e do secretário do Estado, Luiz
Soares?
Osvaldo Mendes
– Em relação à secretária, acho que ela tem muito boa
intenção, mas boa intenção não resolve o problema. Na verdade acho
que o prefeito Emanuel Pinheiro está muito otimista com relação a
esse Pronto-Socorro novo. Em relação ao secretário de Estado, a
reclamação que se ouve é que se trata de uma pessoa de difícil
acesso. Nessa questão de negociações com os hospitais
[filantrópicos], o secretário tinha que ser mais atuante, discutir
e chamar o conselho. Acho que é fundamental sentar com os
envolvidos e discutir.
MidiaNews – O senhor voltou a
citar o novo Pronto-Socorro. Então a gente corre o risco de se
frustrar com esse novo hospital?
Alair Ribeiro/MidiaNews
''O que está se falando por aí é que a
ideia é transformar o Pronto-Socorro antigo em hospital
materno-infantil. Isso é uma balela''
Osvaldo Mendes
– Se for desativado o antigo, vai frustrar, será uma
transferência de maca. E pode escrever isso. Porque vai sair de 315
leitos e macas para 300 leitos.
O que está se falando por aí é que a
ideia é transformar o Pronto-Socorro antigo em hospital
materno-infantil. Isso é uma balela, não existe. Porque já que a
gente tem uma superlotação, o que a gente vai ter é que manter os
leitos do antigo para que diminuam as macas.
MidiaNews – A ideia que o
senhor passa da crise na saúde é que se trata de um problema
nacional.
Osvaldo Mendes
– Sim, não é a gestão. Eu acho que é um problema no
Brasil inteiro. Eu ainda não vi um Estado dizendo que a saúde
pública vai muito bem. Acho que é nacional, que pode ser por causa
de gestão, mas pode ser também financiamento. Eu acho que temos que
resolver isso com maturidade. Não adianta a gente ficar trocando
acusações sem sentar na mesa com a participação do Conselho
[Estadual e Municipal de Saúde], com representantes da população,
do Governo, Município e entidades. Tem que sentar e discutir.
Porque não está havendo esse diálogo. E os conselhos foram criados
para isso.
MidiaNews – Há algo que
o senhor gostaria de acrescentar?
Osvaldo Mendes
– Gostaria de pedir, em nome da população de Cuiabá,
que pelo amor de Deus, que se sentem à mesa, negociem e mostrem
resultados. Tirem o governador e sentem com os secretários para
resolver o problema, principalmente com os hospitais credenciados.
Porque, se eles pararem, quem vai sofrer mais são as pessoas quem
têm pouco acesso, que não têm como pagar uma consulta particular.
Que sentem com maturidade e resolvam isso para que a população não
sofra mais do que já está sofrendo.