As contribuições aos planos de
previdência privada desaceleraram no primeiro semestre deste ano. A
captação subiu 4,8%. No mesmo período de 2016, a alta havia sido de
13%, aponta a FenaPrevi (associação do setor).
A projeção no fim do ano passado era
ampliar o ritmo de expansão das contribuições em 2017. As captações
cresceram 20% em todo 2016.
Um dos principais motivos para a
desaceleração é a lenta tramitação da reforma da Previdência,
considerada um fator que pode alavancar o setor privado, diz Edson
Franco, presidente da FenaPrevi.
“A partir de maio, o processo foi
paralisado. Além disso, a queda da taxa de juros fez com que a
poupança voltasse a ficar mais atrativa para o investidor
conservador.”
Mesmo com a expansão abaixo do
esperado, a entidade mantém a projeção de crescer entre 9% e 11%
neste ano.
“Vai depender do encaminhamento da
reforma e da retomada do emprego darem, ao menos, sinais
positivos.”
As mudanças de regras dos planos
previdenciários abertos, em consulta pública pela Susep (órgão
regulador), deverão aprimorar os produtos, mas não trarão um
impacto significativo, afirma Franco.
“As normas dão mais flexibilidade para
o cliente programar os resgates das aplicações, o que vai ajudar a
alongar o perfil das carteiras. É uma evolução, mas não será uma
mudança drástica.”