O mais alto regulador de seguros da
China anunciou terça-feira a proibição de seguradoras comprarem
empresas cotadas na bolsa em parceria com entidades de fora do
setor de seguros, para prevenir investimento radical em ações e
manter a estabilidade do mercado financeiro.
A Comissão Reguladora de Seguros da
China (CRSC) elaborou as novas regras sobre o investimento das
seguradoras no mercado acionário, segundo as quais as companhias de
seguros devem usar seus próprios fundos ao fazer grandes
investimentos de ações em parceria com entidades de fora do
setor.
Uma aquisição de pelo menos 20% das
ações de uma companhia cotada por uma seguradora é considerada um
grande investimento.
As novas regras foram divulgadas após
os controversos comportamentos “bárbaros” de algumas seguradoras,
que usaram dinheiro alavancado para comprar ações de companhias
cotadas no fim do ano passado. Causaram volatilidade aguda no
mercado e perturbaram os executivos corporativos, deixando os
investidores individuais com sofrimento.
A CRSC tomará medidas quando uma
companhia de seguros, junto com as partes não seguradoras, aumentar
sua participação em uma companhia cotada para 5%, e tais medidas
incluirão a suspensão de fundos de seguro para os parceiros não
seguradores.
Sem a aprovação reguladora, as
empresas de seguros estão proibidas de adquirir o total ou uma
grande participação (mais de 20%) das companhias cotadas, segundo
as normas.
Para prevenir o investimento radical
de algumas seguradoras, a CRSC ordenou que o investimento de uma
seguradora em uma única empresa cotada não deve exceder 5% de seus
ativos totais no fim do trimestre anterior.
O total do investimento em ações de
uma seguradora deve ser menor que os 30% de seus ativos totais no
fim do trimestre anterior.
A CRSC disse que as seguradoras devem
ser investidores amistosos e manter boas comunicações com os
acionistas e gerência das companhias cotadas na bolsa, de forma que
os fundos de seguro possam facilitar melhor operações.
“As companhias de seguros devem ser
investidores financeiros de boa-fé, em vez de fazer aquisições
hostis”, disse Xiang Junbo, presidente da CRSC, em uma reunião no
último mês.