A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) reuniu ontem (24), no Rio de Janeiro, os
integrantes do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde
(Cosaúde) para discutir as medidas de controle e enfrentamento do
vírus zika e as ocorrêncReias de microcefalia a ele relacionadas.
Aproximadamente 15 instituições participaram, entre representantes
de operadoras de planos de saúde, prestadores de serviços e órgãos
de defesa do consumidor.
A Agência também detalhou as
medidas que estão sendo tomadas junto às operadoras e à população
em geral para a prevenção e o combate ao mosquito Aedes aegypti,
agente transmissor da zika, dengue e chikungunya. Para o
diretor-presidente da ANS, José Carlos Abrahão, é fundamental a
disseminação de informações qualificadas, capazes de dar
tranquilidade e segurança à população, num momento em que ainda
pairam muitas incertezas em relação ao vírus e suas
consequências.
“Reunimos este grupo, que é
estratégico para a saúde, a fim de promover uma discussão técnica,
segura e de qualidade em prol da sociedade, buscando o alinhamento
das informações e a colaboração para o enfrentamento dessa situação
crítica que o país está vivendo”, destacou o dirigente.
Representantes do Ministério da
Saúde apresentaram as informações mais atualizadas sobre as
notificações de casos da microcefalia em todo o País e as
diretrizes de vigilância, prevenção e cuidado à saúde. Giovanny
França, da Secretaria em Vigilância em Saúde (SVS/MS), detalhou os
eixos do Plano Nacional de Enfrentamento do Aedes Aegypti e da
Microcefalia e aspectos epidemiológicos relacionados ao vírus zika.
Maria Inês Gadelha, da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS),
explicou as diretrizes de cuidado à população estabelecidas no
protocolo de atendimento às mulheres, gestantes, puérperas e bebês
com microcefalia.
Segundo o mais recente informe
epidemiológico divulgado pelo ministério, há 583 notificações
confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema
nervoso, sugestivos de infecção congênita, dos quais 67 casos
confirmados por critério laboratorial específico para o vírus zika.
Esses casos ocorreram em 235 municípios, localizados em 16 unidades
da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito
Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí,
Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Página com informações
sobre as doenças
A ANS publicará hoje (25), em seu
portal na internet, uma página específica para divulgar informações
sobre prevenção e combate ao Aedes aegypti e às doenças
transmitidas e/ou relacionadas ao mosquito. O material segue as
orientações e diretrizes do Ministério da Saúde e contém
informações específicas sobre o setor de saúde suplementar,
incluindo ações que estão sendo executadas pelas operadoras de
planos de saúde para enfrentamento da situação.
“Essa é uma ferramenta que ajudará
a disseminar informações confiáveis e relevantes para os
profissionais de saúde e a população em geral. Ali estamos
disponibilizando, de forma concisa e com uma linguagem acessível,
os protocolos e diretrizes do Ministério da Saúde, orientações
específicas às gestantes e também dados relacionados ao setor de
saúde suplementar”, destacou Abrahão.