A onda dos acessórios vestíveis, ou
wearables, está com tudo. São pulseiras, óculos e, claro, relógios
inteligentes. Esse último é o carro-chefe dessa moda e também pode
ser chamado de smartwatch. Ele tem como objetivo disponibilizar de
forma mais rápida e fácil as informações que se encontram no
smartphone do usuário.
O ponto negativo é seu valor,
que é equivalente ao de um celular mediano: --um aparelho da
Sony pode ser encontrado no mercado por R$ 1.299, enquanto um
relógio da Samsung sai por R$ 1.499 e um da Motorola por R$
1.099.
"Com um potencial de funcionalidade
muito alto, os benefícios relacionados à saúde e bem-estar são os
que mais chamam a atenção dos brasileiros na hora de comprar um
smartwatch", afirma Renato Citrini, gerente sênior da área de
dispositivos móveis da Samsung Brasil.
Outras características que se
destacam são atender ligações, responder comandos por meio da voz,
armazenamento interno para arquivos, aplicativos exclusivos e
GPS.
Embora ainda não tenha efetivamente
caído no gosto popular, Citrini garante que os brasileiros estão
começando a entender os benefícios e as vantagens de ter um
wearable. "O consumidor passou a ver que um relógio inteligente
pode facilitar seu dia a dia e trazer mais modernidade e desempenho
para sua vida", diz.
"O mercado de acessórios
inteligentes ainda está em processo de estabilização no país",
explica Joe Takata, gerente de produto da Sony Mobile no Brasil. "A
tendência é sempre buscar dispositivos inovadores que facilitem a
vida dos consumidores. Por isso, nossos relógios são pensados para
que o usuário não precise nem se preocupar em tirá-lo do pulso.
Eles, inclusive, contam com função à prova d'água e bateria de
longa duração."
As fabricantes não comentam sobre o
desempenho de vendas, mas garantem que a procura pelos relógios
inteligentes superou as expectativas.
Lado negativo
Por mais que as empresas se mostrem
otimistas, algumas informações revelam que o cenário não vai tão
bem assim.
Em 2014, por exemplo, foram
vendidos no mundo apenas 720 mil relógios com Android Wear do total
de 4,6 milhões de dispositivos vestíveis. Os dados divulgados pela
Canalys, especializada em pesquisa sobre mobile, também apontam que
o Moto 360 da Motorola foi o líder no segmento, apesar de não dizer
quantas unidades foram comercializadas.
Um dos possíveis motivos para a
falta de interesse do público é o preço sugerido. O valor de um
smartwatch é equivalente ao de um celular mediano (4 GB de
armazenamento, processador de 1.2 GHz e câmera de 8 MP). Um
aparelho da Sony pode ser encontrado no mercado por R$ 1.299,
enquanto um relógio da Samsung sai por R$ 1.499 e um da Motorola
por R$ 1.099.
Ao digitar "smartwatch" no Reclame
Aqui, página que reúne reclamações de consumidores, algumas
incidências aparecem. São mais de 120 problemas registrados, sendo
a Sony a campeã em reclamações (38 no total). A marca é seguida de
longe por Samsung (18) e Motorola (12).
Entre as queixas estão:
fragilidade, bateria fraca, superaquecimento e problemas no
carregamento após a atualização do sistema operacional.
Por mais que os produtos ainda
cometam alguns deslizes, o gadget está em alta. A Apple promete
abocanhar 75% do mercado de smartwatches e vender 4 milhões de
dispositivos até o final do ano ao redor do mundo. Os dados da
Strategy Analytics, especializada em análise de mercado, também
apontam que a segunda maior vendedora será a Samsung com previsão
de 700 mil unidades.
E você, vai ajudar essa moda a se
espalhar?