Luiz Carlos Alvarez Morales é corretor de seguros proprietário da Lar Corretora de Seguros, diretor Social do Sincor-SP e louco por bike! Criador do grupo Loucos por Bike, promove passeios com profissionais do mercado de seguros e clientes todos os domingos, com saída no Parque das Bicicletas (Moema- São Paulo/SP) às 8h30, além de passeios extras nas terças à noite, em outro roteiro na cidade de São Paulo, e eventualmente aos sábados, em trilhas ou outras cidades. A alegria deste corretor de seguros encanta e contagia a todos, fazendo o grupo crescer cada vez mais.
Conte como, quando e o que motivou a criação do grupo Loucos por Bike?
Há pouco mais de três anos, começamos a pedalar com algumas pessoas, aí como eu era presidente da UCS levei a ideia para a entidade, vendo a necessidade por mim mesmo de que eu estava com uma vida sedentária e comecei a mudar ao andar de bike. Levei a ideia para os demais corretores também sedentários virem a incorporar como qualidade de vida, porque quando você só trabalha fica estressado, fica doente. Foi formatado um grupo inicialmente só para corretores associados da UCS. Porem quando começamos a pedalar alguns corretores começaram a sugerir se poderiam levar também seus clientes amigos e aí abrimos para eles. Passado determinado tempo verificamos que seria interessante fazer uma marca, uma camisa para distinguir o pessoal de outros, aumentando a sinergia entre nós, e começamos a fazer camisas patrocinadas pelas seguradoras.
Quantas pessoas participam? Como tem sido a adesão ao grupo?
O grupo varia, a cada domingo vão pessoas diferentes. A média de frequência é em torno de 20 a 30, porém o grupo possui cadastradas mais de 400 pessoas. Em eventos especiais o público é maior, chegando a 70 ou 80.
O grupo conta com o incentivo de grupo seguradores ou outras empresas do mercado? Em caso positivo, conte como funcione.
A cada ano nós nomeamos uma seguradora para patrocinar as camisas, em contrapartida temos o logo da empresa em destaque na camisa. Temos também a participação de outros apoiadores, como a loja Base Bike e a empresa de guia de passeios Cicloaventureiros.
Como avalia a infraestrutura de cidades como São Paulo para um convício harmônico entre pedestres, veículos e ciclistas?
Estamos em uma evolução, é um momento único de evolução onde temos um movimento da prefeitura em favor da instalação de ciclovias em vários pontos da cidade para ter o fluxo de ida e volta ao trabalho. Porém, junto, terá que desenvolver um plano de educação a esses três participantes – pedestre, ciclistas e motoristas – por princípio dar primeiro a passagem para o pedestre, depois para o ciclista e depois para o motorista. Tem que haver cooperação entre as partes, muitas vezes o ciclista respeita o pedestre, mas o pedestre não. Exemplo: o ciclista usar capacete, luvas, proteção essencial para o bem-estar, não passar na faixa de pedestre pedalando, tem que descer da bike, não pedalar na calçada, quando estiver trafegando, se houver a passagem de pedestre para a bike, dando passagem ao pedestre. Em contrapartida, até pela legislação, o automóvel tem que manter a distância de 1,5 m do ciclista, usar a seta com bom senso, olhar o ciclista, quando abrir a porta do carro observar, é fundamental não estacionar o carro na ciclovia, como estamos vendo muito. Dessa forma, com mais pessoas pedalando, diminuirá a quantidade de automóveis, e consequentemente os automóveis terão mais espaço nas ruas, e assim todos ganham nessa sociedade.
Qual é a sua opinião sobre o automóvel diante de discussões e incentivos para a utilização de meios de transportes alternativos e sobre as questões sobre mobilidade urbana?
Podemos viver em harmonia de todas as formas, porém tem alguns pontos básicos que têm que ser mudados em nossa mentalidade. Damos incentivo para a compra de automóvel, e qual o incentivo para a pessoa comprar sua bike e começar a pedalar? Os valores das bicicletas estão muito altos, não há incentivos sobre impostos e as próprias empresas ajudarem os funcionários a irem trabalhar pedalando, tendo dentro dos condomínios das empresas local para e vestiário para se trocar antes de começar o trabalho. Como uma resposta aos transportes alternativos tem que ter investimento, não é só passar uma tinta na rua criando a ciclovia que os problemas estão resolvidos. E não estamos falando de uma coisa inovadora, as maiores cidades como Nova Iorque, Londres, Paris, já possuem há muitos anos a ciclovia onde existe uma harmonia entre as partes.
Como corretor, qual é a sua visão sobre o risco de andar de bikes pelas ruas de capitais como São Paulo?
O risco de andar de bike nas capitais como São Paulo ainda é grande, porém tem como, num futuro muito próximo, cair esse risco. Da seguinte forma: a prefeitura fazendo as ciclovias e nesse período os ciclistas estão aprendendo, um com o outro, regras de segurança e também muitos grupos estão pedalando juntos e isso traz uma maior segurança pela questão de visualização.
Você comercializa seguros para bike? Por que?
Não. O motivo é que o segurador ainda não lançou o produto em massa para os corretores, existindo hoje somente alguns corretores com exclusividade para essa venda.
Gostaria de acrescentar alguma informação?
O grupo Loucos por Bike nasceu com o objetivo de pedalar e interagir com outras pessoas buscando saúde e liberdade em cima da bike. Desta forma, no decorrer desses anos, além de várias amizades, tivemos o prazer, de dentro do grupo, além de alguns participantes se conhecerem, até se tornarem namorados e se casarem.
O grupo Amigos Loucos por Bike tem três modalidades hoje para atender o seu participante, sendo: aos domingos, às 8h30 saímos do Parque das Bicicletas, indo em direção ao Parque do Povo e depois ao Parque Villa-lobos e fazendo o caminho de volta, esse pela ciclofaixa, totalizando 33 km.
Às terças-feiras saímos da bicicletaria Base Bike às 20h30, que fica na Vila Mariana, com o objetivo de pedalar de 20 a 30 km. Muitas vezes chamamos esse passeio de pedal gourmet, pois escolhemos um local gastronômico de São Paulo para finalizar.
Uma vez por mês temos passeio de trilhas fora da cidade de São Paulo, que temos como apoiador a empresa Cicloaventureiros, que faz o transporte das bikes e carro de apoio aos ciclistas.
Temos também o curso Aprendendo a Pedalar, em parceria com a Bradesco Seguros e a Base Bike. Nesse curso, levamos à sociedade os benefícios de pedalar e ensinamos os principio básicos de como pedalar.
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