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Turista pode gastar até US$300 mil com saúde nos EUA: Como se precaver?

Fonte: CQCS Data: 07 fevereiro 2023 Nenhum comentário

Viajantes podem pagar contas milionárias com emergenciais médica; procura por seguro viagem avança 

Com o sistema de saúde mais caro do mundo, embora o seguro viagem não seja obrigatório nos Estados Unidos, a proteção securitária pode indenizar procedimentos médicos que chegam a US$ 300 mil, em caso de urgências hospitalares. Sócia de empresa de seguros afirma que existem dois perfis de turistas: aqueles que contratam a apólice de viagem de maneira consciente e os que não sabem que precisam.  

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que o gasto per capita da população americana foi de US$ 12.3 mil (R$ 61 mil), em 2021 — quase US$ 4 mil a mais do que na Suíça, segundo país onde mais se gasta com saúde. Com atendimentos ambulatoriais custando R$ 970, em média, os turistas utilizam a mesma infraestrutura de saúde que o americano. 

Por lá, as despesas médicas pesam no bolso do próprio americano. Em 2023, apenas 40% dos americanos terão US$ 1 mil à disposição para contas emergenciais de saúde, segundo a consultoria financeira Bankrate. No melhor dos cenários, um pacote de gaze vai custar US$ 50 no preço local ao turista; mas uma visita ao “Emergency Room” dos hospitais particulares pode terminar em procedimentos cirúrgicos dispendiosos. 

“Temos vários exemplos disso. Uma cirurgia de apendicite ficou em USD50.000, fora medicamentos, exames e etc. Temos o caso de um cliente que a conta do hospital ficou em US$ 300 mil mas o plano dele era de USD 100 mil. Por isso recomendamos que, para os EUA, quanto maior a cobertura de despesas médicas melhor à segurança do turista”, afirmou a sócia-diretora de e-commerce da CORIS, Tais Mahalem. 

Em 2022, as empresas de seguro viagem desembolsaram R$ 219,4 bilhões em indenizações para cobertura de gastos inesperados, como despesas médicas, acidentes, minimizando os impactos dos danos sofridos pelo turista brasileiros. 

Os dados foram divulgados pela confederação nacional do setor, CNseg e representam um volume 15% acima em relação ao ano de 2021. No mesmo documento, foi registrado um avanço notável da procura  por seguros de viagem, após a pandemia. Apenas entre janeiro e outubro de 2022, a busca pela proteção securitária em viagens aumentou 203%.

Com um mercado aquecido há uma gama de opções à disposição dos viajantes. Apólices podem cobrir despesas que vão desde US$ 2 mil, através de propostas básicas de R$ 15 por dia de viagem, o viajante consegue uma cobertura médica de US$ 1 mil. Já para garantir indenizações para todo tipo de acidente, planos de R$ 600 R$ 2.000 podem cobrir US$ 100 mil de despesas médicas.

Aos montes na internet, a oferta pelo benefício na internet possui preços variados. Outro recurso muito utilizado é a calculadora de preços, onde os viajantes podem comparar os valores e a cobertura dos planos de acordo com informações sobre a viagem, como país de destino, embarqueduração data da viagem, bem como a idade do passageiro — estes, fatores que vão influenciar no custo com o seguro. 

De acordo com Mahalem, o importante é a pessoa ter em mente que imprevistos relacionados à saúde, embora possam ser estimados, são difíceis de mensurar, ao contrário do que ocorre em outras situações. 

“Se você compara com um seguro de carro, seu teto máximo de gasto, seria a perda total do carro…um valor conhecido. Se você tem um acidente grave, ou necessite de cirurgia, um AVC, um infarto, quebrar a perna, você não consegue calcular o valor que isso ficará a partir do momento que você for atendido em um hospital americano”, afirma a diretora. 

Em sua avaliação, o ponto principal é não se tornar refém de episódios inesperados, cujo seguro viagem dará toda assistência médica necessária, além de proteger possíveis perdas milionárias. 

Covid e outros imprevistos 

Na esteira das restrições impostas pelos governos locais, o setor de seguros de viagem passou a disponibilizar planos securitários contra eventuais imprevistos relacionados à COVID-19. 

O tipo securitário abarca despesas médicas e ambulatoriais, bem como internação e exames, especificamente ligadas a sintomas do vírus. Divididas, por exemplo, entre planos Basic, Max e Vip, o contratante recebe coberturas a partir de US$ 10 mil, para custos ambulatoriais decorrentes de infecções da COVID — todas, na maioria dos casos, para viagens com duração acima de 90 dias. 

Porém, nem só para imprevistos médicos os turistas recebem as indenizações do seguro. A outras situações, comuns em viagens internacionais, o brasileiro também garante auxílio financeiro através da cobertura para eventualidades como: cancelamentos de voo, perda de bagagem, despesas jurídicas e hospedagem de PET. 

 
 

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