De acordo com a Allianz Travel,
pandemia tem feito brasileiros investirem mais em cobertura para
viagens nacionais
A contração de seguro-viagem por
parte de brasileiros para destinos internacionais já é uma
realidade há alguns anos. A preocupação em ter que arcar,
principalmente, com altos gastos médicos em solo norte-americano ou
europeu assusta o bolso de muitos viajantes, que não se arriscam em
sair do Brasil sem uma cobertura. No entanto, a Allianz Travel,
empresa de seguro-viagem, que, no Brasil, atua como representante
da Allianz Seguros, tem registrado um novo comportamento por parte
dos brasileiros: a contratação do seguro também para viagens
nacionais.
Nesses primeiros meses de 2022, a
empresa já registrou um aumento de 18% na emissão de apólices dos
planos nacionais em relação ao mesmo período do ano passado.
“Muitas famílias e casais que estavam há dois anos impossibilitados
de viajar, agora querem recuperar o ‘tempo perdido’, mas com o
respaldo dos serviços relacionados à pandemia, que o momento ainda
requer”, afirma Vincent Bleunven, CEO da Allianz Partners Brasil,
empresa detentora da marca Allianz Travel.
É fato que, com o avanço da
vacinação no país, 44% dos brasileiros demonstraram o interesse em
viajar, sobretudo dentro do Brasil. De acordo com o estudo da
empresa de consultoria e auditoria PwC, 50% dos entrevistados
afirmaram não se sentirem seguros para realizar viagens
internacionais. Os dados são do fim do ano passado.
“É notório que a pandemia tenha
provocado uma mudança nos hábitos dos viajantes brasileiros. O
consumidor que contrata o seguro-viagem hoje em dia está mais
atento a quais são as garantias oferecidas nas coberturas por
Covid-19, como despesas médicas e hospitalares”, ressalta o
executivo.
Ainda segundo o gestor, a
tradicional razão do desinteresse dos brasileiros pela contratação
do seguro-viagem para trechos nacionais se deve ao fato de que
muitos ainda acreditam que a apólice cobre apenas gastos com saúde.
“Muitos viajantes desconhecem outros aspectos da cobertura, como
suporte no caso de extravio de mala, de cancelamento do voo por
diversas causas, entre outros”, reforça. Entretanto, é exatamente a
preocupação com a contaminação pelo coronavírus e,
consequentemente, com eventuais gastos extras, que tem alavancado a
popularidade deste serviço.
Dados demográficos
A seguradora identificou que o
público que mais tem procurado os serviços de seguro-viagem são
pessoas entre 31 e 40 anos. Elas correspondem a 24% do total das
vendas neste segmento. A informação casa com o estudo da PwC, que
ouviu 9.370 consumidores de diferentes países e afirma que a
maioria dos participantes interessados em retomar os hábitos de
viagem eram das Gerações X e Millennials.