O
presidente da HDI, Murilo Riedel, foi o convidado da confraria do
Clube dos Seguradores da Bahia nesta quinta-feira, 19. O executivo
fez uma análise de como será o mercado de seguros depois da
pandemia. “Temos muitos desafios para o pós-pandemia. Temos buracos
que não ficaram resolvidos e desafios complicados: entre eles,
consumidores com caixa curto já que temos 15 milhões de
desempregados que talvez o pós-pandemia não absorva”, apontou.
Riedel abordou também o open insurance e ressaltou que é um fator
de preocupação já que o cliente poderá ser abordado. “Um corretor
que demorou 5 anos para conseguir um cliente pode perder esse
cliente porque seus dados podem ficar disponíveis e uma outra
instituição ou corretor pode abordar este cliente”,
disse.
Ele
enfatizou que o cliente não é um ativo de nenhuma empresa, mas
intelectualmente talvez seja um ativo. “Quando uma corretora é
vendida, o valor que ela tem está nos clientes. O pós-pandemia será
apimentado pelo open insurance que traz oportunidades importantes
para que nós também possamos desenvolver produtos e oferecer ao
cliente uma proteção que ele não tenha. Vamos ter de trabalhar”,
enfatizou.
O
presidente da HDI enfatizou também que as insurtechs estão
preparadas para fazer abordagens específicas. “São novos players. O
ecossistema que nós temos hoje, de alguma forma, já está
consolidado”, opinou. Para Murilo Riedel, o open insurance traz
novos elementos: marketplaces e insurtechs. “É um novo ecossistema
que se forma”, ressaltou. ”Acho que a grande mudança não vai
ser entre corretores e seguradoras. Agora entram novos jogadores”,
completou.
O
executivo também falou do investimento que a HDI fez em tecnologia
e na experiência do usuário. “A pandemia acelerou um processo que
íamos fazer com calma até 2023.
Ele
enfatizou que a seguradora tem dois clientes: o corretor de seguros
e o segurado. “O corretor é o primeiro cliente da seguradora. A
visão de experiência do segurado é, muitas vezes, do contato que
ele teve com o corretor de seguros. “Ele acha que a
experiência dele foi boa porque ele falou com o corretor e ele
resolveu tudo”, sinalizou o executivo.