O 32º Congresso de Secretários
Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP), que inicia
nesta quarta-feira (18) e segue até sexta-feira (20), busca
garantir a ampliação do financiamento público. Com o tema "30 anos
de SUS: SUStentabilidade para garantia do Direito à Saúde – Aumento
do financiamento federal e estadual!", são esperados para a
abertura oficial do evento o novo ministro da Saúde, Gilberto
Occhi, o novo secretário estadual de Saúde
e ex-reitor da Universidade de São Paulo, Marco Antonio Zago,
e Wilson Pollara, titular da pasta na capital paulista.
O Congresso, que conta com mais
de mil inscritos e 670 trabalhos para a Mostra de Experiências
Exitosas dos Municípios concorrentes ao Prêmio David
Capistrano, acontece numa conjuntura de subfinanciamento por parte
dos governos federal e estadual, com propostas de dissolução do
Sistema Único de Saúde (SUS) e organização de outro sistema
pautado na transferência de recursos públicos para financiar a
Atenção de Alta Complexidade aos planos privados de
saúde.
É neste contexto que se realizou no
último dia 10, em Brasília, o “1º Fórum Brasil – Agenda
Saúde: a ousadia de propor um Novo Sistema de Saúde”, organizado
pela Federação Brasileira de Planos de Saúde, com participação do
Ministério da Saúde, deputados e senadores.
Diante deste cenário, Célia
Bortoletto, ex-secretária adjunta de Saúde da Prefeitura de São
Paulo e coordenadora do Setorial de Saúde do PT-SP, afirmou que há
uma forte expectativa dos ativistas do SUS com relação à presença
do novo ministro e do secretário estadual da Saúde, para a
cerimônia de abertura do Congresso, na noite de quarta (18).
"Eficiência"
O ministro Gilberto Occhi, que assumiu
no início de abril, é funcionário público de carreira e deixou o
comando da presidência da Caixa Econômica Federal, que ocupava
desde 2016, para assumir a pasta. Durante a transmissão do cargo,
Occhi lembrou que o seu antecessor, Ricardo Barros, conseguiu, com
eficiência, economizar R$ 5 bilhões e garantiu que dará
continuidade à gestão eficiente dos recursos.
Na mesma lógica de reduzir
investimentos, o atual secretário de Estado da Saúde, Marco Antonio
Zago, ficou conhecido por lançar planos de demissão voluntária e
congelamento de contratações e obras na Universidade de São Paulo,
onde foi reitor (2014-2017). Zago propôs em sua gestão a
desvinculação do Hospital Universitário (HU) da USP, justificando
em entrevista, à epoca, que "ter hospital não é necessário
para ensinar profissões da saúde".