BRASÍLIA - As estatais federais deverão implantar, ao longo dos
próximos quatro anos, um sistema paritário de contribuição nos seus
serviços de assistência à saúde. De acordo com informações do G1,
empresas e funcionários terão de dividir, em partes iguais, os
custos com a manutenção dos planos de saúde. A medida está prevista
em uma resolução publicada na sexta-feira, pelo Ministério do
Planejamento. Atualmente, pelo menos parte das estatais federais
paga uma fatia maior que a dos servidores no custeio dos
planos.
Com a paridade, o desembolso das estatais fica menor, ou seja, a
mudança deve gerar economia para as empresas. Dados do Ministério
do Planejamento apontam que, em 2016, o benefício de assistência à
saúde dos empregados ativos e inativos correspondeu, em média, a 8%
da folha de pagamento das empresas, chegando a R$ 9,2 bilhões.
As estatais não usam um modelo único de oferta de planos de
saúde. Os planos podem ser ofertados por autogestão (quando a
estatal gere o plano), por reembolso ou por contratação de plano
empresarial no mercado.
APOSENTADOS PERDERÃO BENEFÍCIOS
A resolução também limita a oferta de planos de saúde durante o
tempo de vigência do contrato de trabalho.
Com isso, as estatais não vão mais pagar parte das despesas dos
planos de servidores após a aposentadoria deles. Essa mudança não
vale, porém, para quem já adquiriu esse benefício.
A resolução também traz limitações para planos de autogestão, ou
seja, planos geridos pela estatal. Só poderão usar essa modalidade
empresas com mais de 20 mil beneficiários.