O Congresso Nacional vai analisar o
veto total (VET
44/2017) ao projeto que estabelece normas gerais para a
negociação coletiva no serviço público da União, estados, Distrito
Federal e municípios.
O Projeto de Lei do Senado
(PLS) 397/2015,
de autoria do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), foi aprovado no
Senado em 2015 e na Câmara dos Deputados em 2017. O texto
estabelece que os servidores e empregados públicos poderão, por
meio da negociação coletiva mediada por sindicatos, tratar com
representantes do Estado questões relativas a planos de carreira,
padrões remuneratórios, condições de trabalho, aposentadoria,
planos de saúde e política de recursos humanos, entre outras.
Na avaliação de Anastasia, a adoção da
negociação coletiva pela administração pública contribuiria para a
modernização e a democratização das relações entre o Estado e os
servidores.
Mas o texto foi vetado pelo presidente
Michel Temer em dezembro de 2017, depois de consulta ao Ministério
da Justiça e Segurança Pública e à Advocacia-Geral da União. Ele
alegou, na razão para o veto, que o projeto invade a competência
legislativa de estados e municípios, pois não cabe à União
estabelecer regra sobre negociação coletiva aplicável aos demais
entes federativos. Ele argumentou também que o PLS, ao alterar o
regime jurídico do servidor público, teria de ter como autoria a
Presidência da República, e não o Congresso Nacional.