As lideranças dos corretores de
seguros rebateram de forma enfática a tentativa de alguns
parlamentares de culparem o mercado legal de seguros pelo
surgimento da proteção veicular, durante a primeira audiência
pública sobre o PL 3139/15, de autoria do deputado Lucas Vergílio
(SD-GO), que criminaliza a atuação das chamadas empresas de
proteção veicular e proíbe associações e cooperativas ou clubes de
benefícios de comercializarem contratos de natureza
securitária.
Foi o caso do diretor da Fenacor,
Carlos Valle, que lembrou o fato de a seguradora ser obrigada a
fazer uma reserva financeira e pagar “uma tonelada de impostos”,
além de ser impedida pela lei de utilizar peças usadas para
consertar carros segurados envolvidos em acidentes no trânsito.
A intervenção de Valle ocorreu em
resposta ao posicionamento do deputado George Hilton, que “culpou”
o mercado de seguros pelo avanço das associações e cooperativas.
Segundo o deputado, as entidades de proteção veicular surgiram e
vêm crescendo rápido porque “há uma demanda reprimida”, o que, na
visão dele, exige mudanças na lei de seguros.
Antes dele, o deputado João Campos
(PRB-GO), autor de projeto de lei favorável às associações de
proteção veicular, já havia afirmado que “não faz sentido proibir
ou criminalizar a atividade”, sendo mais adequado dar segurança
jurídica aos associados.