A operação internacional da Austral Re
deve somar 15% do prêmio bruto da resseguradora e chegar a cerca de
R$ 65 milhões em 2017. Ano passado, o volume vindo do exterior foi
de 9% e totalizou R$ 41,6 milhões. Com atividade em dez países da
América Latina e negócios pontuais de retrocessão fora da região em
programas globais, a Austral Re atua em todas as linhas de negócio
com ênfase em contratos automáticos. Os segmentos de riscos
patrimoniais, riscos agrícolas e garantias puxaram o crescimento lá
fora.
“Nosso plano de longo prazo calcula
que a operação internacional chegue a 50% da carteira em cinco
anos”, adianta Bruno Freire, CEO da Austral Re. A decisão da
companhia de ampliar as atividades para o exterior é baseada no
potencial econômico e geográfico da América Latina, onde os prêmios
de resseguro somaram 17 bilhões de dólares em 2016. 85% deste
volume está fora do Brasil.
Freire aposta em tecnologia para o
desenvolvimento de novos produtos como um diferencial da
resseguradora para conquistar novos mercados, sobretudo nas linhas
de Riscos Agrícolas, Garantias, Vida e Saúde. “Queremos estabelecer
cada vez uma venda consultiva, tornando o resseguro mais abrangente
e menos transacional”, explica o CEO da Austral Re. O processo de
internacionalização inclui ainda negócios pontuais de retrocessão
fora da região em programas globais.
A Austral Re é parte da holding
Austral Participações, fundada pela Vinci Partners para atuar na
área de seguros e resseguros. Em 2014, a International Finance
Corporation (IFC), que integra o Grupo Banco Mundial, tornou-se
acionista de 19,5% da holding.