A Comissão Especial sobre Planos de
Saúde da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta
terça-feira para analisar o Projeto de Lei 7.419/06, que obriga os
planos e seguros privados de assistência à saúde a cobrir as
despesas do acompanhante de paciente menor de 18 anos internado em
unidade de terapia intensiva (UTI), quando houver recomendação
médica.
O texto, já aprovado pelo Senado,
altera a Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/98), que exige dos
seguros a cobertura de despesas de acompanhante no caso de
internação hospitalar de pacientes menores de 18 anos. O projeto
tramita em conjunto com outras 140 propostas.
Foram convidados para discutir o
assunto, a pedido dos deputados Rogério Marinho (PSDB-RN), relator
da comissão, e Odorico Monteiro (PSB-CE), o representante do
Conselho Federal de Medicina (CFM) Salomão Rodrigues Filho; o
representante da Confederação Nacional das Santas Casas de
Misericórdia Glaucio Oliveira Nangino; representante da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS); representante do Centro
Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes); e representante da
Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp).
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Rescisão unilateral – Já a quebra
unilateral de contrato por parte das operadoras de planos de saúde
é tema da audiência que a Comissão de Defesa do Consumidor realiza
nesta terça-feira.
“São frequentes em nosso país, há
décadas, os relatos de descaso dos planos de saúde, que rompem
contratos da noite para o dia, e deixam milhares de segurados sem
atendimento médico”, critica o deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC),
que pediu a realização do debate.
O parlamentar lembra que a Lei
9.656/98, que trata de planos e seguros privados de assistência à
saúde, proíbe a suspensão ou rescisão unilateral do contrato dos
planos e seguros de saúde contratados unilateralmente, salvo por
falta de mensalidade por mais de 60 dias.
A deputada Maria Helena (PSB-RR), que
apresentou um requerimento sugerindo a inclusão de outros
convidados, lembra que o direito à saúde é garantido pela
Constituição, que dispõe como dever do Estado estabelecer políticas
sociais e econômicas visando ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Foram convidados para discutir o
assunto o diretor-presidente da ANS, José Carlos de Souza Abrahão;
o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e
Capitalização, Marcio Serôa de Araujo Coriolano; o presidente da
Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Reinaldo
Camargo Scheibe; a coordenadora institucional da Associação
Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci; o
subprocurador-geral da República e Coordenador da 3ª Câmara de
Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, José Elaeres
Marques Teixeira; e o secretário da Secretaria Especial da Micro e
Pequena Empresa da Previdência da República (Sempe), José Ricardo
de Freitas Martins de Veiga.