As palavras de ordem do momento são
mudança, transição e disrupção. Diante de um cenário político
adverso, cheio de incertezas, e de uma economia cambaleante, o
Sincor-SP organizou um evento com o objetivo de esclarecer os
desafios que se apresentam neste período para os corretores de
seguros. As Oficinas do Empreendedorismo mostraram que será preciso
mais do que novos conceitos para a renovação deste setor da
economia.
O encontro, realizado em Mogi das
Cruzes, envolveu as lideranças locais, como o prefeito Marcus
Mello, que abriu as portas da cidade para os corretores de seguros.
“Quando a política é bem feita, a gente consegue melhorar a cidade.
Sempre apoiaremos todos os empreendedores. Há necessidade de
apoiar, desburocratizar e entender o que se passa dos dois lados do
balcão”, sentenciou, mostrando que é possível liderar uma cidade
com bons índices sócio-econômicos.
Alexandre Camillo, presidente do
Sincor-SP, ratificou que o empreendedorismo tem sido a principal
bandeira do Sincor-SP, porque é indispensável trabalhar esta
postura para a autonomia, sustentabilidade e avanços dos
profissionais. “Trabalhando neste sentido, mesmo na adversidade,
conseguimos manter o crescimento do setor”.
A melhor orientação é o exemplo. Esta
é a melhor forma de educar. “Para fazer o profissional empreender,
estimulamos os profissionais através de treinamento dos
colaboradores, implantamos programas de gestão, com transparência
financeira, novo conceito visual, reformulação de eventos e marca
nacional única em certificação digital”, apresentou Camillo.
O presidente da Federação Nacional dos
Corretores de Seguros, Armando Vergilio dos Santos Junior, disse
que é importante fazer uma prestação de contas quando encontra os
pares da classe. “Talvez este seja o momento mais crítico da
política brasileira. Temos que ajudar o país a retornar aos trilhos
e melhorar a qualidade de vida da população. Geramos poupança
interna e segurança para a sociedade”, destacou.
Vergilio fez questão de ressaltar que
a principal missão dos corretores de seguros é cuidar das pessoas,
de suas conquistas e de sua saúde. Porém, ele lembrou que o mercado
de seguros é altamente regulado, porque ele trata da segurança e
estabilidade da poupança popular. “O mercado de seguros não pode
ser operado por qualquer pessoa. Ele tem que ser operado por
pessoas que respeitem um marco regulatório específico”,
sentenciou.
Em seu discurso, o objetivo foi
mostrar que o corretor de seguros não é contra a inovação, mas que
ela deve chegar ao mercado cercada por um conjunto de regras para
não prejudicar o consumidor nem os corretores de seguros, que
correspondem a 85% da distribuição comercial. Nesta mesma linha, o
superintendente da Susep, Joaquim Mendanha de Ataídes, mostrou o
trabalho da autarquia no sentido de punir a operação ilegal de
proteção patrimonial. Ele destacou que já foram enviados mais de
140 processos para o Ministério Público contra as associações de
proteção marginal, e que há mais 120 processos em andamento.
Para discutir melhor a atuação das
“insurtechs”, Mendanha disse que a Susep está formatando Grupos de
Trabalho. “Não somos contra a inovação, mas ela não pode ferir o
direito dos consumidores”, pontuou, num discurso semelhante ao da
Fenacor.
“O corretor é um empreendedor nato”,
ressaltou o presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert
Bittar, acrescentando, entretanto, que ele mas que precisa olhar
para o futuro com determinação e planejamento para entender o
próximo objetivo. “Isso é o que nos da Escola fazemos, estimular o
empreendedorismo para o mercado de seguros. Vocês se diferenciam de
qualquer parte do mundo porque fizeram isso por esforço próprio,
sem nenhum tipo de estímulo.
Mudança, transição e disrupção
Na abertura das Oficinas do
Empreendedorismo, o presidente do Sincor-SP fez uma prestação de
contas sobre a atuação da entidade para os seus pares.
Entre as novidades, ele apresentou a
Câmara de Medição e Conciliação do Sincor-SP, que é um marco de
aproximação com a sociedade. “Acredito que ao longo deste ano nos
formamos como uma liderança, criando legitimidade para representar
a classe. Caminhamos neste sentido. Esta representatividade nos
permite participar de entidades nacionais, como a Fenacor e o
Ibracor”, informou, complementando que isso resulta em participação
na decisão das questões que afetam a classe dos corretores de
seguros.
“Jamais aceitaremos o desrespeito a
legalidade, ao profissional, ao ambiente profícuo e fértil, sem
aceitar ações ou atos e propostas ilegais que afetem a categoria e
que exponham o consumidor de seguros. A palavra seguro traduz
confiança, segurança, proteção e fidelidade”, completou
Camillo.