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O que esperar para o mercado de seguro-viagem em 2017

Fonte: CQCS Data: 07 fevereiro 2017 Nenhum comentário

Os últimos três anos foram um pouco atípicos em se tratando de turismo para o mercado brasileiro. Depois de mais de 50 anos, tivemos por aqui a realização de uma Copa do Mundo, em 2014, e, pela primeira vez, foi realizada uma edição dos Jogos Olímpicos em território nacional, no ano passado no Rio de Janeiro.

Esses grandes eventos, em especial as Olimpíadas, fizeram com que o mercado de turismo sentisse um pouco menos os efeitos da crise econômica. Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo em outubro de 2016 revelou que, entre os entrevistados, 80% deles tinham interesse em fazer uma viagem até abril para algum destino dentro do país.

Já 2017 se iniciou com alguns pequenos sinais de melhora na economia. O dólar, que impacta diretamente no preço das passagens aéreas, está em queda. Segundo os especialistas em economia, seu valor deve estabilizar entre R$ 3 e R$ 3,20. Mas como isso tudo impacta o mercado de seguro viagem para 2017?

Tendência é de crescimento

Uma pesquisa divulgada pela FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência e Vida), em meados do ano passado, indicou que as contratações de seguro viagem tiveram um aumento de 56,6% até abril de 2016. Esses números são anteriores ao período considerado de maior instabilidade e crise econômica, de forma que devemos ter os mesmos patamares do período pré-Olimpíadas ao menos nos primeiros meses do ano.

A tendência de queda do dólar é outro fator que pode estimular as viagens para o exterior. A cotação, no ano passado, chegou a bater a casa dos R$ 4, mas ao que tudo indica esse fenômeno não deve se repetir em 2017. Por outro lado, a posse do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, ainda é vista com desconfiança pelos turistas, já que ele promete endurecer as políticas de liberação de vistos.

Estímulo ao turismo local

Como mostrou o estudo do Ministério do Turismo, o brasileiro nesse momento está mais propenso a viajar para um destino nacional do que para o exterior. O período pós-Olimpíada contribuiu para esse cenário, pois durante os Jogos, com maior procura, aumentou a oferta de quartos. Essa oferta agora chegará ao consumidor por preços mais atrativos.

Para as seguradoras, esse pode ser um ótimo nicho a ser explorado. A necessidade de contratação de um seguro viagem ainda é associada, na maioria dos casos, apenas a viagens ao exterior. Contudo, mesmo em um destino nacional, é fundamental estar protegido contra eventuais problemas como extravio de malas, roubo e furto de documentos ou problemas de saúde que ocorram em lugares que estejam fora da abrangência de um plano médico.

Consumidores com mais informações

Da mesma maneira que a procura por um seguro-viagem deve aumentar, também é cada vez maior o interesse dos consumidores na busca por informações relacionadas ao tema. Por isso, deixar claro quais são as situações cobertas para o segurado e se antecipar às suas necessidades, sugerindo planos flexíveis o suficiente para cada perfil de público, são características que estão entre as mais desejadas pelos possíveis clientes.

O seguro, quando acionado, em geral encontra do outro lado um consumidor em um momento de fragilidade, seja física por conta de algum problema de saúde, ou emocional, em razão da ausência de alguns dos seus pertences. Por conta disso, as cobranças para que o atendimento seja cada vez mais rápido e eficaz são constantes – e podem fazer a diferença. Sites como o ReclameAqui, por exemplo, estão cheio de críticas às seguradoras não pelo fato de o problema em si não ter sido resolvido, mas pela maneira como a assistência foi providenciada.

Flexibilização de planos

Consumidores com perfis diferentes têm necessidades diferentes e veem valores agregados distintos nas mensagens que recebem. Assim, há quem procure um plano de assistência de viagem para mochilão, enquanto outros buscam uma assistência para toda a família. O fato é que dar mais recursos para o consumidor escolher aquilo que ele precisa de verdade é, cada vez mais, um dos itens levados em consideração antes da compra da apólice.

Portanto, antes de contratar um plano – ou oferecer um seguro para os seus clientes –, verifique quais operadoras contam com os pacotes mais flexíveis para os seus segurados. Muitas vezes, o fator decisivo na hora da contratação não é o preço, mas sim os benefícios e as comodidades que o plano oferece.

Separando o joio do trigo

Como já mencionamos, a cada dia que passa os consumidores têm mais acesso às informações, aumentam suas exigências e buscam planos que se adaptem melhor às suas necessidades. Nesse cenário, empresas que ainda insistem em agir fora da lei do consumidor devem perder cada vez mais o seu espaço, o que é uma ótima notícia para as empresas sérias.

Dessa forma, aquelas empresas com nome consolidado no mercado, conquistado por conta do seu bom trabalho, precisam se preocupar apenas em oferecer as melhores opções possíveis para os seus clientes, deixando de lado dores de cabeça com concorrentes desleais. Para o consumidor o prognóstico também é dos melhores, uma vez que, com menos perdas das empresas sérias, todas acabam tendo condições mais interessantes para oferecer serviços cada vez mais completos.

Seguro viagem: mais importante do que nunca

Deu para perceber que o cenário para o mercado de seguro viagem em 2017 está cercado de otimismo, não é mesmo? A perspectiva é justamente essa, a de ampliar a oferta, com melhores condições, e passar a atender cada vez mais o turismo local – já que para o exterior o setor se encontra em uma posição consolidada.

 

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