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Plano de clínicas populares é outra opção no mercado

Fonte: CQCS Data: 07 fevereiro 2017 Nenhum comentário

Mensalidades custam a partir de R$ 50, para os casos dos contratos individuais, e de R$ 123 em diante, para os mais clientes mais velhos. Cobertura é restrita Da intenção à implementação de planos de saúde populares e a preços mais acessíveis o caminho é longo. Estão em análise na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) as propostas do Ministério da Saúde para baratear os valores das mensalidades. E enquanto não chegam a um consenso, a solução para quem está sem plano de saúde pode ser buscar atendimento em convênios de clínicas populares. As mensalidades custam a partir de R$ 50, no caso do plano individual, e de R$ 123 em diante, para os mais velhos.

Entre algumas opções no mercado, a Camim oferece laboratórios próprios, equipe médica e técnica e têm quatro unidades em Campinho, Jacarepaguá, Realengo, Anchieta e Nilópolis. A clínica trabalha com planos de R$ 58, para a faixa etária de 0 a 18 anos, e de R$ 123 para quem possui mais de 59 anos. Em todos, os clientes têm direito a consultas ilimitadas. Mas para alguns exames laboratoriais e raios-X há carência de 90 e 120 dias, respectivamente.

Para o cliente não enfrentar fila ou esperar no telefone, a Camim criou uma ferramenta para os usuários. “Pelo aplicativo o cliente pode marcar sua consulta com total comodidade”, diz Cristiano Gomes, gerente da rede.

No Memorial Saúde, com mais de 50 unidades distribuídas pelo Rio, como Copacabana, Botafogo, Campo Grande, Madureira e Tijuca, por exemplo, os planos variam de R$ 98, para faixa etária de 18 anos, a R$587,92, para 75 anos. O centro possui todas as especialidades médicas, UTI móvel, CTI, além de oferecer exames laboratoriais.

Um diferencial dessa modalidade de convênio apontado por Guilherme Aranha, sócio-diretor do Centro Médico Pastore, é o fato de a clínica ter sistema próprio de benefícios, o que, segundo ele, permite oferecer o mesmo valor de mensalidade a todos os seus clientes.

“Por R$ 50 mensais os clientes têm desconto de 50% nas consultas”, conta.

Com preços mais em conta, as clínicas com planos populares são um atrativo para quem está sem convênio, mas algumas precauções devem ser tomadas para não “ficar no meio do caminho”.

De acordo com o corretor Claudio Zoghbi, da Coopclass Corretora, é preciso, antes de aderir ao plano, procurar referências sobre o convênio que pretende contratar e se ele tem autorização da ANS para funcionar. “O usuário precisa avaliar se o atendimento contempla as suas necessidades”, orienta.

Entidades de defesa do consumidor questionam a proposta do Ministério da Saúde para planos populares. Para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a medida “representará mudança radical, para pior, na atual legislação que já apresenta falhas e lacunas”. As entidades argumentam ainda que “será volta ao passado, mesma situação de 20 anos atrás, quando existiam planos de menor preço, porém segmentados e com restrições de coberturas”.

A criação de um grupo técnico na ANS para analisar a proposta do ministério foi duramente criticada. Segundo a nota, o grupo “exclui da discussão entidades da saúde coletiva, de defesa do consumidor, de médicos dentre outros setores da sociedade envolvidos”.

Ministro garante que não haverá redução de cobertura

A discussão em torno de planos de saúde mais em conta não é nova. Desde agosto do ano passado, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, tem dito que os convênios populares poderão ser viabilizados sem que haja uma diminuição da cobertura obrigatória de serviços. O que é contestado por órgãos de defesa do consumidor, que temem redução da cobertura e número de procedimentos que as empresas são obrigadas a cobrir, segundo normas da ANS.

O ministro encampou a ideia de colocar seguros com preços acessíveis no mercado, abrindo a possibilidade a essas empresas de oferecerem menos do que hoje é exigido do setor. O ministro enviou sugestões à ANS para viabilizar os novos modelos e criou um grupo de trabalho para elaborar a proposta, que deverá incluir mudanças regulatórias da agência. Procurado pelo DIA, o Ministério da Saúde nformou que não teria como antecipar tópicos da proposta antes da análise da agência. “O ministério somente poderá fazer qualquer posicionamento depois da conclusão desse trabalho e possíveis encaminhamentos”, informou em nota.

À espera por mudanças no setor, a advogada Ana Carolina Rivas vê com desconfiança a “benesse” do governo. “Sinalizam com uma nova modalidade que vai resolver os problemas de quem não pode pagar um plano convencional. Mas será que terá a mesma cobertura dos outros planos?”, questiona.

 

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