Negócio foi iniciado em 1936 por Salim Gebram, filho de imigrantes libaneses e hoje nome de praça no Jardim Pacaembu
Em 1936 a situação do país, principalmente a dos trabalhadores, era bem diferente da atual. Os institutos de previdência social (IAPI, IAPC e outros) não cuidavam tão bem quanto deveriam da saúde de quem trabalhava. Com o tempo foram unificados no Inamps, depois renomeado INSS.
Nesse ano, o filho de imigrantes Salim Mussalam Gebran abriu um escritório de contabilidade e seguros. O alvo eram as empresas que contratavam seguro para acidentes de trabalho. A sede ficava na rua Engenheiro Monlevade, no Centro. Mas Salim morreu cedo, em 1964, aos 47 anos de idade. Era o pioneiro em toda a região.
Coube à mulher, Sebastiana, segurar o negócio. Com o tempo, os filhos Silvio, Salim Filho e Sérgio (este último o único que não está na empresa) aprenderam o negócio. Em 1971 Silvio assumiu a direção e está nela até hoje. Sebastiana, hoje com 96 anos, pode ser a corretora de seguros mais antiga do Brasil.
“O que ajudou muito a continuar o negócio foi a fidelidade dos clientes – diz Silvio. Meu pai era muito querido, e com sua morte a família e os clientes se uniram”. Essa união produziu mais resultados. A Gebram Seguros completa no dia 1º de dezembro 80 anos de atividades com 48 mil clientes, 180 funcionários e oito agências. Está entre as três maiores de todo o Estado de São Paulo.
“Os tempos mudaram – continua Silvio – e hoje a empresa trabalha com todos os tipos de seguros. Temos departamentos específicos para cada setor, como o de benefícios, de autos e empresariais, dentre outros”.
A administração também acompanhou as mudanças – hoje há um diretor contratado, Maureci Ferrite de Oliveira, que divide a diretoria com Salim Filho e Silvio. E a terceira geração já está, aos poucos, assumindo os negócios – Fernando Damasco, Fernando e Vitor – há 13 anos na empresa.